O PT realmente é um partido que não toma jeito. Em Santa Catarina, não é diferente da realidade nacional. Por aqui, a principal liderança atende pelo nome de Décio Lima. Ele andava desaparecido da província — afinal de contas, o petista preside o Sebrae nacional, instituição que, como já registramos em outras oportunidades, tem um orçamento bilionário. Mais expressivo do que muitos ministérios de Lula da Silva.
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Então o cidadão anda pelo mundo afora, pelo Brasil, mas pouco se acompanha das ações do Sebrae em favor de Santa Catarina. Isso, contudo, é outra história. A abordagem de hoje é de natureza política. Décio Lima deixou de ser presidente do PT. Não por opção. A bancada se reuniu e decidiu que era hora de renovação. Até porque o compadre de Lula da Silva não para em Santa Catarina desde que assumiu o Sebrae. Embretado, Décio deixou o poder partidário e abriu mão da reeleição em favor de um deputado da sua corrente, Fabiano da Luz.
Dupla
Fez isso porque outros dois parlamentares vermelhos também entraram no páreo — ambos de alas diferentes da do chefão do Sebrae. São eles Pedro Baldissera e Luciane Carminatti.
Mundo da lua
No fim de semana passado, Décio esteve em Joinville para uma plenária do partido. Ali fez um discurso sui generis, pois ficou parecendo que o cidadão vive em outro país.
Verborragia
Entre as barbaridades proclamadas pelo vermelho catarinense — e foram muitas — destaque para a afirmação de que o Brasil não tem inflação. Segundo Décio Lima, o país vive uma deflação. Este país, o paraíso dos comunistas, também, segundo a visão do ex-prefeito de Blumenau, não tem desemprego.
Mentiras de terno
A propaganda petista, ao melhor estilo Pinóquio, evidentemente prega que o Brasil vive pleno emprego. Na contabilidade do PT, os dependentes do bolsa-voto — ou melhor, Bolsa Família — não estão desempregados. A matemática da esquerdopatia então acaba considerando que a migalha que escraviza milhões é uma espécie de emprego. Desfaçatez e cara-de-pau pouca é bobagem, não é mesmo?
Lorota
Segundo essa turma comunista, a miséria sumiu do mapa no Brasil. Ah, tá. Nós, simples mortais, é que estávamos vivendo um pesadelo, mas acabamos de acordar no paraíso petista. Décio Lima e sua turma devem estar vivendo em outro país ou perderam completamente o juízo. Ou simplesmente seguem debochando da população e se vingando de quem não lambe as botas do regime. É o que se conclui depois de tantas atrocidades verbalizadas em Joinville.
Enquadrado
Décio deixou claro que seu plano de concorrer ao Senado, com a expectativa de beliscar o segundo voto, foi abortado por Brasília — pelo Palácio do Planalto. Isso porque seu compadre e eterno candidato à reeleição mandou avisar que quer um palanque robusto em Santa Catarina.
Pinus elliottii
Como o PT não tem nenhum outro nome para lançar ao governo em terras catarinenses, Décio Lima vai para o sacrifício na terceira candidatura consecutiva à administração estadual. Registre-se: contrariando seu desejo. Nessa balada, ele declarou que não vê a hora de enfrentar a campanha eleitoral para debater com Jorginho Mello e João Rodrigues.
Piada pronta
Segundo o falastrão petista, os outros dois pré-candidatos não vão ter coragem de abrir o bico para falar o que quer que seja contra Lula da Silva. É pra rir ou pra chorar? Alguém em sã consciência realmente acredita nisso? As afirmações do petista local são absolutamente inacreditáveis.
Histórico
De qualquer forma, vamos recapitular as votações de Décio em 2018, quando concorreu sozinho pelo PT, sem apoio de nenhum outro partido de esquerda. Naquela oportunidade, o petista fez 12,5% dos votos. Depois, em 2022, quando carimbou presença no segundo turno, o amigão de Lula fez 17,5% dos sufrágios. E só conseguiu esse feito porque, em Santa Catarina, foram cinco candidaturas conservadoras.
Nocaute
Além de Jorginho Mello, que o enfrentou e lhe infligiu uma derrota acachapante no segundo turno — conquistando 72% dos votos contra apenas 28% de Décio Lima — tivemos o governador da época, Carlos Moisés da Silva, que foi à reeleição; o ex-governador e hoje senador Esperidião Amin; o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, que renunciou ao paço da Capital para concorrer; e também Odair Tramontin, do Novo.
Demiurgo
Soma-se a essa pulverização de candidaturas conservadoras em 2022 o fator Lula — que foi descondenado e saiu diretamente do xilindró para novamente concorrer à Presidência. Sem dúvida, a deidade vermelha foi um impulsionador de transferência de voto mais significativo do que Fernando Haddad em 2018.
Desafio
Agora é observar até que ponto Décio Lima conseguirá suplantar a performance de 2022 — se conseguirá bater na casa dos 20% no primeiro turno.
Mais uma vergonha que o Brasil passa no exterior com o patético Lula da Silva. O pior é que ele acha que foi uma verdadeira estrela de Hollywood em plena reunião dos grandes chefes de Estado na Ásia. Referimo-nos, mais especificamente, ao encontro — o primeiro — do atual inquilino do Palácio do Planalto com Donald Trump.
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Reunião que já começou com problemas, porque o governo brasileiro não queria um bate-papo dos presidentes com jornalistas. Só que foi uma exigência do governo americano, à qual o governo brasileiro cedeu. A previsão era de dez minutos de indagações por jornalistas americanos e brasileiros, mas a prosa não durou tudo isso.
Um jornalista americano perguntou sobre Bolsonaro, e ficou visível o incômodo de Lula da Silva. A deidade vermelha ficou gesticulando, fazendo sinal com a mão, enquanto Trump o elogiava — como sempre fez, aliás, com Lula de corpo presente. Nesse instante, ele pediu a palavra e ficou ponderando, olhando para os jornalistas. Ao final do encontro, os coleguinhas poderiam entrevistar os presidentes e ter os resultados do bate-papo.
Lorotas
Lula sinalizou que não podia perder tempo (é um homem muito ocupado, viajando pelo mundo), precisava iniciar a conversa, a reunião bilateral com Donald Trump — e o americano só olhando para os jornalistas, deixando Lula da Silva sem graça.
Censor
Até que Trump foi socorrê-lo e encerraram a participação dos jornalistas. A imprensa foi retirada pelo democrata Lula, mal acostumado, habituado no Brasil com uma mídia chapa-branca, vassala, serviçal, velhaca e vendida. Lá fora, contudo, é bem diferente.
Leviano
E lá estava Lula da Silva, de pernas cruzadas, com um ar de boçalidade, um ar também de deboche, enquanto Trump — presidente do país mais importante do planeta — atento ao encontro. O petista, fazendo pose, estava com vários papéis na mão, aquela cena toda. Para resumir a história: qual foi o resultado do encontro? Zero à esquerda. Nada.
Reunião da reunião
De prático mesmo, da reunião, foi marcada outra reunião com auxiliares diretos dos dois presidentes — que também não chegou a resultado nenhum. Trump deixou a Malásia dizendo que não havia ocorrido nenhuma evolução. E ficou por isso mesmo.
Pega na mentira
Ao seu melhor estilo Pinóquio contumaz, Lula saiu dando entrevista, dizendo que foi muito bom e que a relação vai evoluir. A realidade, contudo, é que simplesmente continua tudo como estava. Tarifas de 50%.
Cara de paisagem
Lula pediu pelo fim das sanções a ministros do seu governo e do Supremo. Trump nem respondeu, como também ignorou olimpicamente o fato de ele ter se colocado como alguém que poderia fazer a intermediação de uma negociação com o narcoditador sanguinário Nicolás Maduro, da Venezuela.
Sangue misturado
Ora, se Trump quer negociação com um narcotraficante — que, aliás, é companheiraço de Lula desde o tempo de Hugo Chávez. O governo americano sabe disso. E sabe muito mais. Ou seja, a mídia nacional passa a sensação para os brasileiros de que as coisas estão caminhando muito bem e que teremos grandes resultados, quando todos sabemos que, em princípio, não haverá evolução alguma do tarifaço, a não ser que o Brasil pratique gestos.
Ditadura
Não só no aspecto comercial, empresarial e econômico, mas principalmente no contexto das liberdades no Brasil, que estão comprometidas. E Trump sabe muito bem que o Supremo e o Planalto são uma coisa só. Lula que trate de buscar uma solução para isso. Só que o Superman tupiniquim não tem força.
Mais pressão
Por isso mesmo, vai ficar tudo como está — e muito provavelmente novas sanções virão dos Estados Unidos contra ministros do Supremo. Porque Lula não tem capacidade de influenciar, não tem ascendência sobre os ministros do Supremo.
Sim, senhores
Na verdade, ele é um preposto do Supremo, que o tirou da prisão depois de ter sido condenado por lavagem de dinheiro e corrupção por nove magistrados diferentes — e o colocou na Presidência da República numa campanha conduzida de forma tendenciosa e capciosa. Simples assim. Lula tem que bater continência ao Supremo e lamber as botas das supremas togas.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.