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O significado de um Bornhausen no governo Jorginho

Por Cláudio Prisco Paraíso
06/07/2024 - 09h30.Atualizada em 06/07/2024 - 09h30

Desde quinta-feira, 04 de juho, pela manhã, o governo Jorginho Mello tem mais um integrante no colegiado.

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Trata-se do ex-deputado Paulo Bornhausen, que assumiu a Secretaria da Articulação Internacional e Projetos Especiais. Assumiu já com missão determinada. Fim de semana, o novo titular do colegiado tem rodada de negociações com o presidente Javier Milei, da Argentina.

No domingo, Paulinho acompanha o governador rumo a Portugal. Emblemática a presença do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), no ato de posse de Bornhausen. Sinalizou claramente que está alinhado à nomeação e aos encaminhamentos de Jorginho Mello.

Jorginho pilota o PL em Santa Catarina. Paulinho Bornhausen licenciou-se do PSD, a pedido do partido, para que fique claro que ele ingressa no governo por uma decisão pessoal e não por deliberação partidária. Só que Topázio Silveira Neto é candidato à reeleição pelo PSD.

Papai Noel

Pelo visto, apenas os dirigentes do PSD é que ainda acreditam que Topázio terá vida longa na trincheira pessedista. Durante a posse, Jorginho Mello cumprimentou Paulinho Bornhausen, colocando o broche com a bandeira de Santa Catarina na lapela do novo colaborador.

Sinalização

O que representa esse cumprimento?  Apenas uma missão administrativa de Paulinho Bornhausen, que, aliás, é um quadro qualificado, preparado, e será muito útil ao governo Jorginho Mello? Não.

Parceiros

Isso, evidentemente, pode representar um compromisso político, compromisso de caminhada conjunta com vistas à reeleição de Jorginho Mello em 2026 e, quem sabe, até numa candidatura do próprio Paulinho às eleições de daqui a dois anos e três meses.  

Linhagem

Aliás, Paulinho Bornhausen não é o único filho de ex-governador na equipe do governador.

JPK

João Paulo Kleinübing, até há bem pouco tempo era presidente do BRDE por indicação de Jorginho. Nesta semana, JPK assumiu a diretoria financeira do banco. Ele é filho de Vilson Pedro Kleinübing.

Repeteco

O script da chegada de Bornhausen ao governo lembra a investidura de Ricardo Guidi, que assumiu, no ano passado, a Secretaria do Meio Ambiente, quando ainda era filiado ao PSD. Hoje, Guidi está no PL para disputar a prefeitura de Criciúma. Lá atrás, ele também se licenciou do partido para assumir uma pasta de primeiro escalão. Ou seja, Paulinho é o segundo que se licencia da legenda e deixa o PSD em situação delicada.

Pelas beiradas

Jorginho, muito astuto, vai trazendo nomes importantes e vai esvaziando, vai enfraquecendo o PSD em Santa Catarina.

Combo

Nunca é demais lembrar que Paulinho Bornhausen é filho do ex-governador, ex-senador e ex-ministro Jorge Konder Bornhausen. Seguramente, com Paulinho aliado a Jorginho Mello, o próprio JKB ficará em dificuldade de não estar nesse projeto.

Evidente

Isso é uma questão mais ou menos óbvia. Aliás, a família Bornhausen que já integrou também outro governo, o de Paulo Afonso Vieira, quando a filha, Fernanda Bornhausen, fez parte do colegiado do emedebista.

Sem dificuldades

Também é de bom alvitre rememorar, nessa conjuntura, que Jorge Bornhausen já foi aliado do falecido Luiz Henrique da Silveira e de Eduardo Moreira, que, assim como Paulo Afonso, foram lideranças do MDB catarinense no seu auge.

Tease

Ou seja, novidades à vista para 2026. Figuras que poderiam estar contra Jorginho Mello, não dá para duvidar, poderão estar se firmando no projeto de reeleição do governador.

Interdição à vista

Por Cláudio Prisco Paraíso
04/07/2024 - 08h45.Atualizada em 04/07/2024 - 08h45

Lula da Silva está chegando a um ponto que daqui a pouco será inevitável interditá-lo.  O descontrole é absoluto. A cada momento que ele abre a boca, é uma crise de nervos no governo, no próprio Palácio do Planalto, no mercado financeiro, entre os empresários. O homem está incomunicável. A primeira-dama não o deixa interagir, nem mesmo com os colaboradores mais próximos.

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A cada dia é uma surpresa nova, com impacto na já titubeante economia nacional.  A última declaração dá conta de que ele é o defensor dos pobres e oprimidos, e que age contra o mercado financeiro.  Disse, ainda, que foi favorecendo o mercado financeiro que o seu antecessor teria deixado o país.

Ora, não sabe Lula da Silva que quando ele dá essas declarações descabidas, verdadeiras asneiras proclamadas, ele faz com que justamente a política monetária puxe o freio de mão na figura do presidente do Banco Central e de seus diretores.  

O Banco Central que é autônomo. O Congresso aprovou a autonomia, que, aliás, existe em vários países, como nos EUA, e em muitas nações da Europa. É um santo e necessário remédio.

Freio de arrumação

A autonomia do BC não permite que o governante, o presidente de plantão, interfira na política dos juros, considerando o processo eleitoral, ainda mais num país que tem reeleição como o Brasil.

Verborragia

Na medida em que o ex-tudo do PT oferece ao mundo e ao Brasil declarações intempestivas, o mercado fica inseguro. Não custa lembrar que os estrangeiros, os investidores, não vão vir para um país que, além de insegurança jurídica, tem insegurança presidencial. Um presidente que deixa todos perplexos, apavorados.

Furada

Ora, se o empresário brasileiro já está passando trabalho, o estrangeiro pensa “eu vou investir no Brasil? Nem pensar.” É evidente. São as declarações do petista que mexem com o mercado e prejudicam quem ele diz que pretende proteger, sendo os mais desfavorecidos. O boquirroto Lula, a cada bobagem divulgada, contribui para gerar inflação e desemprego.

Paga a conta

Quando se compromete o poder aquisitivo, os mais necessitados são justamente os mais atingidos. Ou seja, é um discurso populista, completamente superado e demagógico. Típico do Século XX.

Lorota

Ele diz que defende os pobres, mas quando vai para o exterior, fica numa suíte de R$ 80 mil, quando um salário mínimo por aqui é de R$ 1,6 mil. É necessário reunir alguns trabalhadores brasileiros para, em um ano, perceber o que ele gasta em uma diária no exterior. Só para citar a incongruência do seu comportamento cotejado com suas declarações.

Descarrilhando

A situação começa a ficar para lá de periclitante, mais do que preocupante.  Os próprios ministros não sabem mais o que fazem. É uma declaração mais absurda que a outra. Nessa última, em que ele ataca o presidente do Banco Central, Lula diz que está preparando algumas coisas. Certo, mas que coisas?  

Pulando fora

O empresário, o investidor, fica evidentemente a se perguntar o que o líder supremo estaria preparando. Na dúvida, o óbvio: segurar investimento e retirar dinheiro do Brasil. Simples assim.

Mercado

Agora o Banco Central é obrigado a se mexer, comprando dólar, para conter o avanço da moeda americana. Sem falar na Bolsa, que, a cada declaração do presidente de plantão, despenca. Vejam só a delicadeza do quadro!

Faculdades mentais

Na sua última passagem pela Bahia, o petista publicamente pareceu não estar bem do juízo, sinaliza que não está em perfeitas condições das suas faculdades mentais. Sinais claros emitidos ao defender Rui Costa, ministro da Casa Civil, seu braço direito. Por oito anos, Costa governou a Bahia. Elegeu o sucessor, o atual governador Jerônimo Rodrigues.

Arautos da mentira

Lula da Silva declarou que Rui Costa tem sido criticado porque transmite a ele as mentiras praticadas por colaboradores. O petista avisou que só fica sabendo das mentiras de alguns ministros graças a Rui Costa.  

Hã?

Como assim? Mas se tem ministro pregando mentira ao presidente da República, a primeira coisa a se fazer é demitir o cidadão, pois não é digno da confiança do chefe.

Criou doido

A impressão que se tem é que o presidente já não acredita mais no que ele próprio fala. E nos despachos ministeriais, outro titular da esplanada tem que dizer o que é verdade e o que não é.  Ou seja, definitivamente, é um desgoverno.  

Sem timoneiro

Nesse ritmo, com a chegada do segundo semestre, e culminando com o avanço do processo eleitoral, lá pelo mês de novembro algo mais agudo deverá emergir.

Tchau, tchau

Vencido o período eleitoral, no qual o governo e o PT devem levar uma surra astronômica, tudo leva a crer que o Congresso, particularmente a Câmara, vai começar a apreciar a possibilidade de fazer com Lula o que fez com Dilma.

 

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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