Está tudo dominado. Impressionante. O imperador Alexandre, o pequeno, o diminuto, decidiu banir, de forma monocrática, o X do Brasil. E aí foi muito generoso, bonzinho. Chamou a primeira turma do STF a se manifestar.
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Claro que, ao fazer isso, o cidadão já tinha os votos necessários para confirmar a sua decisão. Assim se sucede, na segunda-feira, quando os dois primeiros votos respaldaram integralmente a sentença de Alexandre.
Também pudera: foram os votos de Cristiano Zanin e Flávio Dino, os dois apontados por Lula da Silva para o STF. Mas não foram apenas eles que votaram, que respaldaram integralmente o voto do diminuto.
Assim como Carmen Lúcia, aquela que costumava sustentar a liberdade de imprensa, aquela coisa toda. Tudo lorota, evidentemente, ou alguém ainda se engana de que essa turma segue a lei e tem convicções? A lei agora são eles e ai de quem questionar. Já Luiz Fux também apoiou, embora tenha feito ressalvas.
Lorota
Aí eles vêm com a conversa de que a liberdade de imprensa não é absoluta, que é fundamental que tenhamos respeito à legislação, à lei, à Constituição. Perfeito, é isso mesmo que sustentamos ao longo do tempo.
Baliza
Este espaço nunca defendeu que profissionais de imprensa podem dizer o que querem da forma que querem. Há uma legislação a ser observada.
Ônus
Fundamental que se tenha responsabilidade sobre cada manifestação. Não resta a menor dúvida disso. Mas o que se acompanha hoje no Brasil é censura prévia no contexto da opinião.
Simples assim. Absolutamente nada a ver com a legislação.
Censura democrática
Agora, é curioso que quando o X estava sendo controlado pela esquerda – e censurou inúmeras contas nas eleições de 2022, nunca houve nenhuma ofensiva. Aí estava tudo certo. Foi Elon Musk comprá-la, aí já começam a surgir problemas, porque ele é de direita. É a ditadura da esquerda, da toga, do consórcio Planalto-STF.
Parcialidade suprema
O Supremo Tribunal Federal, especialmente Alexandre, o pequeno, e os demais ministros, em sua esmagadora maioria, são seletivos nas suas decisões. Só contra a direita. A esquerda pode tudo. Tá tudo liberado.
Pesos e medidas
Isso já ficou escancarado no governo Bolsonaro, que dia sim e outro também, era questionado, cobrado, orientado, recebia determinação para agir assim ou assado. E com o governo Lula? Negativo. Nada disso.
Ululante
Agora a exigência é para o estrangeiro. Isso é óbvio. Claro que ele tem que estar de acordo com o que exige a legislação brasileira, bem como os brasileiros.
Regra clara
Maravilhoso, não é mesmo. Desde que se parta da premissa que o ministro supremo esteja agindo dentro da legalidade, da constitucionalidade, que não é o caso de Alexandre. Está pilotando o inquérito do fim do mundo, interminável.
Abuso infinito
Já há muitos anos, desde 2019, portanto há cinco anos, de forma absolutamente arbitrária, autoritária, com abuso de autoridade, e desrespeitando a Constituição e a lei, para fazer valer a sua vontade.
Dissimulado
Foi assim no caso do X. Ele queria que o X assumisse a sua decisão judicial de bloquear usuários e derrubar a rede social, como se a decisão fosse dele, da empresa X, e não por determinação de Alexandre, o diminuto.
Eu quero
A partir do momento em que a empresa começou a desnudar tudo, aí o imperador ficou incomodado, porque tem que ser como ele quer.
Voz
Arthur Lira, o presidente da Câmara, se insurgiu de maneira surpreendente até, discordando da decisão de Alexandre em relação não propriamente ao X, mas ao fato da decisão ter alcançado o Starlink, que é uma empresa também de propriedade de Elon Musk.
Ladrões
O deputado fez uma colocação perfeita, sim, porque no escândalo das Americanas não bloquearam a conta dos acionistas da Ambev.
Situação semelhante em analogia. Simples assim.
Bingo
E aí, para encerrar, nós lançamos mão de uma manifestação do ex-senador pelo Distrito Federal, que foi ministro da Justiça, e também ministro do Supremo, num julgamento de 1996, de um Habeas Corpus. Maurício Corrêa disse o seguinte: ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que emanada de autoridade judicial. Mas é dever de cidadania opor-se a ordem ilegal. Caso contrário, nega-se o Estado de Direito.
Foras-da-lei
Por isso que o brasileiro tem que, no próximo sábado, ocupar o asfalto, lotar a Avenida Paulista, para se insurgir contra a ditadura da toga pilotada por Alexandre com a aquiescência de todos os seus colegas, que além de comparsas, são coniventes com as suas ilegalidades.
Deflagrada a campanha eleitoral na sua maior intensidade desde sexta-feira, quando começou a propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão.
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Nessa arrancada, nos primeiros três dias, muita rivalidade, digamos assim, com um clima ainda mais acalorado. Especialmente em Joinville, Florianópolis e Criciúma.
Vamos começar pelo maior município catarinense, Joinville. O candidato Sargento Lima, do PL, está atrás de Carlito Merss nas pesquisas internas.
Mas, o ex-prefeito do PT acumula rejeição superior a 50 pontos percentuais. Portanto, tem teto para crescimento.
Sargento Lima foi pra cima de Adriano Silva, do Novo, que está nadando de braçada. É o franco favorito. Aparece na casa de 60% das intenções de voto.
Em segundo vem Carlito, com 15%, seguido por Lima, também na casa dos dois dígitos. Esses são os três postulantes mais bem avaliados para a eleição. Mas, como vemos, o somatório do segundo com o terceiro não dá a metade do percentual do prefeito.
Quem?
Adriano Silva, aliás, deixa claro que não quer correr nenhum risco. Está até querendo esconder alguns aliados, como, por exemplo, União Brasil e PSD. Os dois partidos estão no governo Lula, cada qual com três ministérios. Seus deputados e senadores, a rigor, votam com o PT e o consórcio STF-Planalto.
Embate
Lembrando, ainda, que o PSD foi o adversário do segundo turno de Adriano Silva na figura do atual deputado federal, no exercício do mandato, Darci de Matos. Ele está atuando em função da licença de Ricardo Guidi.
Salada
O Novo, então, ideologicamente falando, é Direita? Mas, coligado com partidos assentados em um governo que vai muito além de ser “simplesmente esquerda.” Trata-se de uma ralé, de um governo comunista, de um desgoverno, na verdade.
Debaixo do pano
A campanha do PL acionou o Judiciário, pois os materiais de campanha não mostravam os partidos coligados a Adriano Silva. A Justiça deu ganho de causa. PSD, União Brasil e outro vão ter que aparecer na propaganda eleitoral do prefeito. No primeiro embate jurídico, vitória para os liberais.
Capital
Do Norte, vamos para Florianópolis, onde Dário Berger, Pedrão Silvestre, Marquito Abreu e Lela Farias são os principais candidatos de oposição. Quarteto que já foi pra cima de Topázio Silveira Neto. O pessedista, registre-se, teve uma boa estreia na propaganda eletrônica, apresentando um bom programa de televisão, melhor do que os quatro adversários oposicionistas.
Antídoto
Mesmo assim, ele escalou as redes sociais com seus tradicionais vídeos. Desta vez, para contrapor afirmações e informações inverídicas apresentadas pelos seus adversários, numa clara tentativa de desestabilizá-lo.
Na frente
Com essa largada, Topázio Silveira Neto, assim como Adriano Silva, alimenta perspectivas de vitória no primeiro turno. Em Joinville, elas são mais alentadoras do que em Florianópolis, mas a campanha mal começou. Estamos a 43 dias das eleições em primeiro turno.
Tic-tac
Da Capital, vamos para a maior cidade do Sul, Criciúma. Ali, a carga está muito, mas muito pesada. O tiroteio já é intenso entre as duas principais candidaturas, lideradas por Vaguinho Espíndola, do PSD, apoiado pelo prefeito Clésio Salvaro; e Ricardo Guidi, que era do PSD e foi para o PL, contando com o respaldo do governador Jorginho Mello.
Telinha
Guidi também recorreu à Justiça Eleitoral e conseguiu limitar a participação de Clésio Salvaro nos comerciais de TV e rádio de Vaguinho. A lei permite até 25% do tempo com a presença de outra liderança.
Mas da campanha não há como tirar o prefeito, o grande cabo eleitoral de seu pupilo. Salvaro está acompanhando Vaguinho por todas as regiões da cidade.
Enrosco
Já Guidi, federal, além de Jorginho, deverá contar com Jair Bolsonaro. Ocorre, contudo, que o ex-presidente tem que marcar presença no Sul, bem como os deputados do PL, os dois federais e o estadual e tudo mais. De qualquer forma, é uma eleição enroscada na maior cidade sulista.
Cabo forte
Assim como em Criciúma, em outros municípios, como Blumenau, Balneário Camboriú e São José, a presença de Bolsonaro será fundamental. Já em Itajaí, Brusque, Palhoça e Florianópolis, naturalmente que o ex-presidente ajuda.
Muito embora, lembremos, a fortaleza do bolsonarismo registrou seu pior desempenho justamente na Capital em 2022.
Incumbência
Jorginho Mello tem a missão de trazer o ex-presidente ao estado. Pelo menos por 24 horas, período suficiente para a realização de uns quatro ou cinco comícios estratégicos. A ideia seria reunir pelo menos 15 candidatos das imediações dos locais onde serão realizados os eventos eleitorais para que Bolsonaro possa, efetivamente, influenciar em favor do PL e das candidaturas liberais na disputa municipal.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.