Pedido de impeachment com 152 assinaturas de deputados federais, entre os 513, protocolado na segunda-feira no Senado Federal. O pedido foi recebido pelo presidente Rodrigo Pacheco, associado estratégico ao consórcio STF-Planalto / ditadura.
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O que se observou? Os senadores acharam por bem não subscrever a peça, o pedido de impeachment, que tem assinatura de mais de um milhão de brasileiros. Porque, na eventualidade de Pacheco colocar em discussão esse pedido de impeachment, a assinatura dos senadores poderia levá-los a impedimento no caso de julgamento de Alexandre.
Então, o que ocorreu em Brasília? Senadores assinaram um requerimento pedindo que o presidente do Senado coloque em apreciação no plenário o pedido de impeachment.
Os três senadores catarinenses, Esperidião Amin, Jorge Seif e Beto Martins subscreveram o requerimento. Portanto, 100% da representação do Senado, graças à licença de Ivete Appel da Silveira.
Apoio massivo
Agora, entre os 152 deputados federais que avalizaram o pedido de impeachment, nós temos 13 de Santa Catarina. Treze de dezesseis.
Percentual
Portanto, mais de 81% da representação de Santa Catarina na Câmara Federal respaldou o pedido de impeachment. Quais são os 13? Vamos pronunciá-los aqui.
Liberais
Pelo PL, cinco: Daniela Reinehr, Carol De Toni, Júlia Zanatta, Daniel Freitas e Zé Trovão.
Inesperado
Pelo Republicanos, uma surpresa: Jorge Goetten, que deixou o PL e buscou abrigo na nova legenda, agora presidida por ele no Estado. Goetten vinha votando muito com o governo Lula. Acabou sem ambiente entre os liberais. Mas, surpreendentemente, nesse pedido de impeachment, ele colocou a sua assinatura.
Dezena
Gilson Marques, do Novo, também subscreveu, a exemplo de Carmen Zanotto, do Cidadania; bem como os dois do PSD, Ismael Santos e Darcy de Matos, totalizando 10.
Marcando posição
Darci de Matos, que é do PSD, mas que não foi eleito, está ocupando a vaga de Ricardo Guidi.
Este, por sua vez, deixou o PSD e foi para o PL, partido pelo qual concorre à Prefeitura de Criciúma, licenciando-se do mandato.
Tripé
E os três do MDB, Valdir Cobalchini, Rafael Pezenti, e o suplente, Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, que está no lugar de Carlos Chiodini, licenciado para concorrer à Prefeitura de Itajaí, totalizando 13 de 16 deputados.
PTzada
E os outros três, que não respaldaram, que não avalizaram, que não apoiaram, que não assinaram o pedido de impeachment. Previsível, eles integram o consórcio ditatorial via Congresso Nacional: os dois petistas, Carla Ayres (que assumiu com a licença de Pedro Uczai, candidato à prefeitura de Chapecó) e Ana Paula Lima. Novidade zero.
Melância
Por último, o único representante do União Brasil, resultado da fusão do PSL, que elegeu Jair Bolsonaro presidente em 2018, com o Democratas, Fábio Schiochet, que preside a sigla no Estado. Para gravar bem: Carla Ayres, Ana Paula Lima e Fábio Schiochet estão com Alexandre e seus comparsas.
Solidez
Portanto, está de parabéns a representação de Santa Catarina. Entre os dezesseis da Câmara, treze estão solicitando e respaldando o pedido de impeachment de Alexandre. Entre os senadores, embora não no pedido de impeachment, mas no requerimento que pede que o pedido de impeachment chegue a plenário, os três de Santa Catarina subscrevem.
Ação e reação
Então, de uma representação global no Congresso de 19, 16 catarinenses estão de parabéns.
Resultado possível porque Santa Catarina escolhe bem os seus representantes. Quanto aos três desgarrados, que esperam a resposta nas urnas. 2026 é logo ali.
7 de setembro, data marcante para todos nós brasileiros. Por uma ironia muito agradável, caiu num sábado.
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Em Brasília, a solenidade oficial. Em São Paulo e várias outras cidades pelo Brasil, protestos pedindo impeachment de Alexandre de Moraes. Mas mais do que isso, também anistia para aqueles brasileiros condenados, aprisionados e denunciados, injusta e ilegalmente, pelo Supremo Tribunal Federal, especialmente a partir da ofensiva deste fora-da-lei, que além de criminoso, não passa de um psicopata.
Pois muito bem. O que se observou? A esplanada dos ministérios vazia. Mas literalmente vazia, diferentemente dos anos anteriores.
Não nos referimos a 2023, que também esteve igualmente às moscas. Mas uma realidade incontestável. Enquanto Bolsonaro foi presidente, era um mar de gente.
Inconteste
Essa que é a grande realidade. Em compensação, ele agora, fora da presidência, inelegível, por ordem de Alexandre de Moraes, numa forçação de barra descomunal, reúne uma verdadeira multidão na Avenida Paulista.
Mea culpa
Ele procurou se redimir daquela declaração equivocada, da quinta-feira, dando a entender que ia novamente amarelar, como fez pós-sete de setembro de 21.
Representação
Depois do povo ter autorizado o uso de energia, ele, certamente ameaçado de prisão, ou ele, ou seus filhos, ou toda a família, deu aquela recuada, após ter chamado Alexandre de Moraes de canalha e que não iria cumprir decisão judicial dele.
Mentor
No dia seguinte, recorreu a Michel Temer, que foi quem nomeou Alexandre de Moraes ministro da Justiça e foi quem o enviou, que o mandou para o Supremo Tribunal Federal. Voltemos ao sábado, 7 de setembro. Bolsonaro reafirmou o seu vigor, depois de uma claudicada, qualificando Alexandre de Moraes de ditador, que é muito mais do que ditador, é um tirano, é um crápula, inescrupuloso.
De costas
Em Brasília, o que se viu, além da ausência do povo, da população? Só quem foi aplaudir os farsantes foram funcionários públicos, integrante do governo e familiares de militares que desfilavam. Lula da Silva, patético como sempre, acenando para o vazio, para o nada. Aliás, ele é um nada, além, evidentemente, de ladrão e corrupto.
Para o povo
E quem compareceu ao 7 de Setembro do consórcio? Além de seus ministros, inclusive os militares e comandantes das forças, lá estavam representantes da Suprema Corte. A começar pelo seu presidente, Luiz Roberto Barroso, Barrozinho, o próprio Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes. Todos lá.
Muito a comemorar
Mas não ficou só nisso. Depois a alta cúpula do consórcio foi para um convescote no Palácio Alvorada, atendendo o convite de sua excelência, Lula da Silva, enquanto Alexandre de Moraes era “homenageado” Brasil afora, a começar pela paulista.
Digno de registro
Parabéns para Arthur Lira, presidente da Câmara, que ignorou tanto o desfile de 7 de Setembro em Brasília quanto o convescote, ao qual Rodrigo Pacheco não compareceu. O lacaio que preside o Senado esteve no palanque consorcial em Brasília.
Democracia forte
Nunca é demais lembrar que, nos Estados Unidos, não se encontra, sob nenhuma hipótese, algum ministro da Suprema Corte participando de evento oficial do governo, seguido de almoço.
Mãe Joana
Vivemos uma promiscuidade total sob o aspecto institucional, mediante um consórcio espúrio, imoral, covarde, ditatorial, formado por Executivo e STF; além de um Congresso acovardado.
Engajamento
Muito improvável que, o pedido de impeachment entregue ontem a Rodrigo Pacheco venha a avançar. Entre senadores e deputados 200 assinaturas.
Número
Considerando-se que temos 594 congressistas, duzentas assinaturas significam pouco mais de um terço das duas Casas Legislativas. Mas já é significativo.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.