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Mulher que matou gato com enxada tem condenação mantida pelo TJSC

A ré já havia recebido sentença no juízo da 2ª Vara Criminal da comarca de Tubarão

Por Joyce Santos
20/12/2023 - 08h44.Atualizada em 20/12/2023 - 08h48
O crime ocorreu em outubro de 2020 - Foto: Divulgação

O Tribunal de Justiça confirmou sentença do juízo da 2ª Vara Criminal da comarca de Tubarão, que condenou uma mulher por crime de maus-tratos majorado pela morte de animal doméstico. A ré agrediu uma gata com golpes de enxada, sob a justificativa de que o felino era de difícil trato e de comportamento arisco.

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Por volta do meio-dia de 21 de outubro de 2020, policiais militares se dirigiram a uma casa em Tubarão e lá constataram que a mulher praticara atos de maus-tratos no gato domesticado, consistente em colocar o animal num saco e desferir golpes com enxada. Verificou-se também que a agressão provocou a morte do animal.

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A acusada não negou o ato. Ao justificar, afirmou que a gata era diferente de todos os demais felinos da residência. Fazia xixi em cima da pia ou no travesseiro, além de muita sujeira. Era arisca, não ficava no colo e "poderia ter um espírito ruim no corpo".

Como a ré passava por período estressante, com muitas demandas em casa - sobretudo com a saúde do marido, acamado, e com uma filha que estava com a perna quebrada - acabou por cometer a agressão ao animal, de que teria se arrependido imediatamente.

Em 1º grau, a mulher foi condenada a dois anos e quatro meses de reclusão, em regime aberto, substituída a pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos, consistente em prestação pecuniária.

A defesa recorreu para pedir o afastamento da exasperação da pena-base a título de culpabilidade. Argumentou, para tanto, que "a culpabilidade do agente é inerente ao tipo penal em apreço, porquanto não houve qualquer elemento que extrapolasse a caracterização do delito de maus-tratos, o que seria necessário para justificar o aumento".

Mas o desembargador que relatou o apelo na 5ª Câmara Criminal do TJ enfatiza que a utilização de uma enxada para efetuar golpes na gata doméstica - deixada prostrada e agonizante - certamente impôs sofrimento lento e desnecessário, o que revela características que extrapolam a normalidade do tipo.

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