Mercado de trabalho aquecido e crescimento de vendas de imóveis explicam resultado
O segmento da construção civil revisou para cima sua previsão de crescimento para o ano, elevando para 3,5%. A projeção é da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), baseada em dados econômicos e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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A expectativa positiva leva em conta o mercado de trabalho aquecido no Brasil, perspectivas de uma economia mais robusta que o anteriormente previsto e também o dinamismo do setor imobiliário. No primeiro semestre, as vendas de imóveis cresceram 15,24% na comparação com igual período do ano anterior, e os lançamentos de novos empreendimentos apresentaram incremento de 5,7%.
No começo do ano, a CBIC havia anunciado previsão de aumento de 1,3%. Em abril, a projeção foi elevada para uma expansão de 2,3%, e em julho foi projetada para 3%.
Para 2025, no entanto, tanto CBIC como CNI estão cautelosos em relação às perspectivas de crescimento. Considerando os dados atuais, a projeção é de manutenção ou até mesmo recuo. Entre os motivos para a expectativa menos otimista estão a trajetória ascendente da taxa básica de juros, a redução no volume de recursos disponíveis para o financiamento imobiliário e também restrições relacionadas à captação de trabalhadores para o setor.
Recentemente, a Caixa Econômica Federal anunciou a redução dos limites de financiamento de imóveis, exigindo uma parcela maior de entrada pelo comprador. Segundo o banco, é uma reação à evasão de recursos da caderneta de poupança, principal fonte de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A captação líquida recuou R$ 206,5 bilhões de 2021 até setembro deste ano.