Durante onda de calor, campos sintéticos chegaram a 70º Celsius no Rio
Três notícias chamaram a atenção nos últimos dias. A primeira foi a decisão da Eridivisie CV, entidade que comanda o futebol nos Países Baixos, de banir do Campeonato Holandês os gramados sintéticos a partir de 2025. A segunda surgiu em Belo Horizonte: o gramado da nova arena do Atlético-MG, possivelmente, será sintético.
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E a terceira veio embalada pela onda de calor no Rio de Janeiro: o Flamengo mediu a temperatura em quatro campos de futebol no seu Centro de Treinamento (CT) - o Ninho do Urubu, em Vargem Grande, na zona oeste. Os termômetros nos dois campos de grama sintética chegaram a marcar 70 graus Celsius.
Não é de hoje que o futebol brasileiro se envolve nessa discussão. E tudo começou em 2016, quando o Athletico Paranaense adotou o gramado sintético na Arena da Baixada, Naquele ano, com mais de 80% de aproveitamento nos jogos disputados em casa, o Furacão garantiu vaga na Copa Libertadores do ano seguinte.
O desempenho incomodou e, então, teve início um movimento entre os clubes, liderados pelo então presidente do Vasco Eurico Miranda, para que todos os gramados da Série A fossem naturais. No entanto, na reunião do Conselho Técnico de Clubes, em fevereiro de 2018, o clube paranaense conseguiu a adesão de outros times participantes do Brasileirão e garantiu votos suficientes para que a grama sintética fosse aceita.
Atualmente, há mais dois gramados sintéticos no país e, curiosamente, diferentes entre si. No Allianz Parque o Palmeiras mudou o piso em 2020 e, na primeira temporada, teve aproveitamento superior a 70% em casa, faturando os títulos estadual e o da Copa Libertadores. Este ano, a mudança aconteceu no estádio Nílton Santos, casa do Botafogo.
O Alvinegro carioca venceu todos os adversários em casa, no primeiro turno do Brasileirão, o que lhe deu, então, uma vantagem inédita na liderança do campeonato. Informações são da Agência Brasil.