Assunto foi motivo de troca de acusações no início do governo Lula, entre o atual presidente e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro
A Comissão de Inventário Anual da Presidência da República localizou todos os bens que estavam “desaparecidos” do Palácio da Alvorada – residência oficial do presidente da República.
:: Quer receber gratuitamente notícias por WhatsApp? Acesse aqui
O início da conferência ocorreu em novembro de 2022 e, inicialmente, 261 itens não haviam sido encontrados. Logo após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi realizada uma nova verificação que constatou a ausência de 83 móveis, utensílios domésticos, livros e obras de arte.
O “sumiço” da mobília foi alvo de troca de acusações entre Lula e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Tão logo tomou posse, o presidente reclamou da conservação do Palácio da Alvorada e da Residência Oficial da Granja do Torto. E que, por isso, começou o governo morando em um hotel.
Três meses depois, instigada por um seguidor das redes sociais, Michelle Bolsonaro rebateu a acusação. Na época, afirmou que os móveis estavam no depósito da Presidência e que utilizou mobília própria a partir do segundo semestre de 2019.
Com a justificativa de que alguns itens haviam desaparecidos, a Casa Civil comprou, sem licitação, novos móveis para o Palácio da Alvorada.
Os itens custaram R$ 196 mil. Entre eles, um sofá reclinável para a cabeça e os pés de forma automática, no valor de R$ 65 mil. Além de uma cama de R$ 42 mil.
“Os bens adquiridos passaram a integrar o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem”, afirmou a Secom.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, usou as redes sociais para comentar o assunto. “O desonesto Lula mentiu! Acusou Jair Bolsonaro para poder gastar o dinheiro dos brasileiros comprando móveis de luxo para sua majestade real”.