Em um vídeo divulgado nas redes sociais, com base em um relatório da Polícia Civil, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), afirmou que o programa Universidade Gratuita tem apenas 130 casos suspeitos de irregularidades.
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Esse número é bem inferior ao relatório fornecido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC), que apontava mais de 18 mil indícios de irregularidades.
Os dados do TCE-SC se referem a estudantes matriculados em 2024 que apresentavam indícios de irregularidades, incluindo 858 milionários que teriam recebido bolsas indevidamente.
Ao tomar conhecimento dos números do TCE-SC, Jorginho Mello lembrou que agiu prontamente. “Imediatamente mandei a Polícia Civil investigar. E o que eles descobriram? Não são 18 mil, são 130 alunos suspeitos de esconder patrimônios, ou seja, 0,5% do total dos inscritos”, revelou o governador.
Jorginho Mello reconheceu que, apesar da grande diferença, 130 alunos suspeitos não é um número insignificante, mas está longe dos 18 mil apontados inicialmente.
Ele também criticou o que chamou de "políticos oportunistas" que, segundo ele, se apressaram em julgar e condenar todo o programa.
O governador fez questão de ressaltar que o programa Universidade Gratuita é o maior do Brasil em seu segmento.
Foto: Divulgação Durante entrevista à Rádio Som Maior, de Criciúma, a procuradora-geral do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Vanessa Cavallazzi, antecipou que os julgamentos de prefeitos réus na “Operação Mensageiro” terão novos desfechos.
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Nesta terça-feira, 22 de julho, a procuradora-geral justificou que os processos sofreram atrasos devido a uma mudança na competência de julgamento, passando das comarcas para o Tribunal de Justiça.
Essa alteração exigiu uma reorganização interna e o reforço da estrutura da Procuradoria-Geral de Justiça. Ela defendeu a expectativa de que haja respostas concretas nos próximos 30 dias.
"Operação Mensageiro"
Deflagrada em 2023, a operação é uma grande investigação de corrupção em Santa Catarina, que desvendou um esquema envolvendo agentes públicos e empresas de coleta de lixo em diversas cidades do Estado.
Alguns agentes públicos da região da Amurel foram presos, entre eles, o ex-prefeito de Pescaria Brava, Deyvisonn de Souza – único que continua detido.
Os ex-prefeitos de Tubarão, Joares Ponticelli, e Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa, também ficaram presos alguns meses e aguardam o julgamento em liberdade.
Mesmo caso do atual prefeito de Imaruí, Patrick Corrêa, e do ex-vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski.
Blog do Bordignon
Em 2004, colou grau em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina. É editor da edição impressa da Revista Única e, dos portais, www.lerunica.com.br e www.portal49.com.br.