Na imagem, o detalhe do tênis Zegna de Lula e sua meia colorida - Foto: Reprodução Luiz Inácio Lula da Silva sempre tentou encarnar a figura do líder popular, aquele que se apresenta como a voz dos pobres, defensor dos trabalhadores e um militante de combate à fome. No entanto, os gestos históricos, desde o triplex do Guarujá e tantos outros que o levaram à prisão revelam um contraste gritante entre o discurso e a prática.
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Durante um evento em Sorocaba (SP), na última quinta-feira, 21 de agosto, Lula fez graça exibindo uma meia para comparar com a tornozeleira eletrônica de Jair Bolsonaro. Mas o detalhe que chamou atenção não foi a piada, mas o fato de que o presidente calçava um tênis da marca Zegna, avaliado em cerca de R$ 8 mil reais.
A pergunta que se faz mediante sua hipocrisia é inevitável: que comunismo é esse? O mesmo homem que defende a bandeira da igualdade, que posa como inimigo da elite, exibe com naturalidade um artigo de luxo inacessível para a imensa maioria do povo brasileiro. A mensagem subliminar é clara: pobreza para vocês, riqueza para mim.
A cena expõe a dissimulação de um líder que se autoproclama popular, mas que, na prática, usufrui de privilégios típicos da elite que ele diz combater. A retórica comunista cai por terra quando confrontada com o luxo da vida pessoal. É o retrato de um “falso comunista”.
Além de péssimo governante, Lula se apropria do discurso da simplicidade para manipular, mas que, no fundo, desfruta do que há de mais caro e exclusivo. E que “seu povo”, se dane
O MDB sempre foi um partido de protagonismo em Tubarão. Uma sigla que governou o município, que formou quadros políticos expressivos e que, durante décadas, exerceu papel de liderança na cidade e em toda a região da Amurel. Mas a pergunta que se impõe hoje é inevitável: o MDB de Tubarão está adormecido ou morto?
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Ignorar o atual contraste entre a grandeza histórica da sigla e a indefinição que se vê atualmente, seria não se impor ao silêncio que predomina no diretório atual.
O MDB local possui uma base importante de filiados, um eleitorado que ainda lhe confere respeito, mas não conseguiu sequer apresentar, até agora, consenso a um nome da região da Amurel para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados no ano que vem.
Isso não é apenas uma ausência: é um vácuo político preocupante, que expõe a fragilidade de uma sigla que já foi sinônimo de força.
A Executiva do diretório municipal tem pregado união e diálogo. Apesar de seu trabalho ter respaldo, o que se vê são apenas palavras bonitas, mas que, até agora, ficaram somente no discurso. União sem ação é narrativa vazia. Diálogo sem definição é falta de comando.
Se o MDB abdica desse papel, deixa de ser protagonista e passa a ser coadjuvante — ou, pior, figurante. Por isso, a indagação se torna inevitável: o MDB de Tubarão está vivo? Está apenas adormecido, esperando um sopro de liderança que o desperte? Ou já morreu, sem que seus próprios dirigentes tenham coragem de admitir?
Enquanto não houver respostas e, sobretudo, atitudes, o partido corre o risco de perder sua relevância no cenário político local.
Blog do Bordignon
Em 2004, colou grau em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina. É editor da edição impressa da Revista Única e, dos portais, www.lerunica.com.br e www.portal49.com.br.