Maior lote compreende 21 terrenos no parque industrial - Foto: Fabiano Bordignon/Revista Única Uma nova esperança surge para os ex-colaboradores do Grupo Itagres - TB Sul Indústria e Comercio de Revestimentos S/A - que aguardam o pagamento de seus débitos trabalhistas.
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Na próxima quinta-feira, 28 de agosto, terá início o leilão de três lotes de bens pertencentes à empresa. Os bens disponíveis para arremate são: três maquinários com avaliação de R$ 6 milhões, uma residência localizada no Bairro Vila Moema, em Tubarão, avaliada em R$ 1,1 milhão, e mais 21 terrenos nos arredores do parque industrial, com avaliação total de R$ 44 milhões.
Embora o Grupo Itagres tenha entrado com recurso após o indeferimento do seu processo de recuperação judicial, o juiz responsável pela ação determinou o prosseguimento do leilão, visto que não foi concedido efeito suspensivo.
O leilão ocorrerá em horários distintos - os terrenos serão leiloados às 11h, a residência às 11h30 e os maquinários às 11h45. Caso os bens não sejam arrematados nesta data, o leilão continuará até o dia 05 de setembro.
Informações obtidas por este blog indicam que há interessados dos segmentos alimentício, da construção civil, um empresário de Treze de Maio e a empresa de energéticos tubaronense Bally.
Justiça deveria criar menos manchetes e oferecer mais sentenças - Foto: Reprodução A 6ª fase da "Operação Mensageiro", deflagrada na última semana, marca o reinício das investigações no caso de maior escândalo de corrupção que cerceou a política catarinense.
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Mas, com todo respeito aos órgãos de Segurança e Justiça, é preciso olhar além da famosa pirotecnia. A sociedade não precisa vivenciar novos espetáculos midiáticos que envolvem buscas, apreensões e prisões temporárias.
Apesar de significar continuidade na operação - e tem que continuar - o que realmente é preciso para elevar sua credibilidade é julgar efetivamente denunciados que chegaram a ser presos e aguardam seus processos em liberdade. Nesse leque, estão diversos agentes políticos, inclusive ex-prefeitos.
Talvez seja mais promissor para a Justiça não se limitar a criar novas manchetes, mas dar desfecho aos casos já em andamento. Afinal, essa resposta não deve ser dada apenas à população, ela precisa também encerrar com a sombra da incerteza que predomina aos investigados.
Eles também têm o direito de acordar pela manhã sem carregar um processo indefinido sobre os ombros. O combate à corrupção não se sustenta apenas em prisões momentâneas, mas na aplicação da Justiça em sua efetividade.
Blog do Bordignon
Em 2004, colou grau em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina. É editor da edição impressa da Revista Única e, dos portais, www.lerunica.com.br e www.portal49.com.br.