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Esquerda tenta se reinventar em SC

Por Cláudio Prisco Paraíso
26/11/2025 - 13h29

Os partidos de esquerda em Santa Catarina continuam apostando fortemente na alternativa chamada Paulo Bauer ao governo do Estado.

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Ele concorreria pelo PSB, ao qual ainda não está filiado. A ideia é enfrentar Jorginho Mello.

Décio Lima vislumbra a perspectiva de uma pulverização de candidaturas conservadoras ao Senado para ele buscar a segunda vaga, acabando com a hegemonia conservadora catarinense na Câmara Alta.

O problema é que o eleitorado catarinense tem demonstrado uma certa atenção ao fazer as suas opções de candidaturas, especialmente na majoritária. Senão, vejamos. Em 2014, Raimundo Colombo ganhou a reeleição do próprio Bauer por uma margem insignificante, apoiando também a recondução de Dilma Rousseff, do PT, que transferiu recursos volumosos para Santa Catarina, viabilizando inclusive um financiamento de R$ 10 bilhões.

Mais ou menos

Foi aquele apoio meio velado da parte do ex-governador, sem dividir palanque, mas, com elogios à então presidente da República, que conseguiu se reeleger, também na estica.

Fatura

Raimundo Colombo liquidou a fatura no primeiro round. Porque se ficasse para o segundo turno, seria atropelado com a onda Aécio Neves, registrada em Santa Catarina na disputa presidencial.

Gosto amargo

Nas duas disputas seguintes, o lageano perdeu o Senado. Isso depois de sete anos como governador, tendo sido reeleito no primeiro turno. Em 2018, não custa lembrar, havia duas vagas em disputa.

Retorno

A esta altura é preciso falar da figura de Dário Berger, que, agora está sendo especulado no sentido de voltar para o PSB para ser candidato ao Senado junto com Décio Lima, do PT, e Paulo Bauer ao governo.

Nada feito

Dário Berger já se abrigou no PSB para buscar a reeleição em 2022. Em 2014, Dário se elegeu pelo MDB. Ele já foi filiado ao PFL, ao PSDB e a outros partidos, mas, quando foi para um partido de esquerda, perdeu a reeleição.

Guinadas

Então, tivemos Raimundo Colombo primeiro, e o segundo caso, muito claro, é o de Dário Berger. Há quem pergunte porque Gelson Merisio, que foi candidato a governador em 2018 e foi para o segundo turno contra Carlos Moisés (e acabou derrotado de forma acachapante), não volta à atividade político-partidária-eleitoral?

Ideologia

Simplesmente porque, a exemplo de Colombo e Berger, também deu um cavalo-de-pau, mas não disputando a eleição.

Esquerda, volver

Como perdeu em 2018 e passou a integrar o Conselho da JBS, Merisio, a partir da soltura de Lula da Silva e a sua candidatura em 2022, se alinhou às esquerdas. Ele se filiou ao Solidariedade e articulou a chapa de Décio Lima.

Conversão

O ex-pefelista e pessedista, convertido ao socialismo, foi convidado para ser o vice do petista. Declinou. Muito espertamente, Merisio não será candidato a mais nada, porque também está registrado no caderninho do eleitor catarinense.

Replay

Então, Paulo Bauer, que foi vice-governador de Esperidião Amin, é um homem de direita; que foi candidato ao Senado junto com Luiz Henrique, do MDB, posicionado ao centro. O ex-tucano foi deputado estadual, federal, presidente do PDS em Santa Catarina e integrou a primeira metade do governo de Jair Bolsonaro em Brasília.

Ligações

Na Capital federal, Bauer fez parte do gabinete de Onyx Lorenzoni na Casa Civil. Depois dessas passagens todas, ele, que também foi do PFL e do PSDB, líder do tucanato no Senado, correria sério risco em buscar abrigo na trincheira esquerdista. Seguramente vai pensar duas vezes, porque tem situações pretéritas que mostram claramente que o catarinense não se deixa enganar por aqueles que acreditam serem mais espertos do que a esperteza.

Os reflexos em SC

Por Cláudio Prisco Paraíso
25/11/2025 - 07h31

Com a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, no último sábado pela manhã, a pergunta óbvia que todos fazem é: qual a repercussão político-eleitoral em Santa Catarina com vistas a 2026? Antes de mais nada, não é de hoje que já se sabe que o ex-presidente estará fora de combate, fora da urna eletrônica, fora da campanha e fora como militante no processo eleitoral.

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Esta semana deve marcar o começo da execução da sua pena de mais de 27 anos. A preventiva de sábado é mais um ingrediente nesse absurdo judicial que foi a sua condenação por um golpe que não existiu. Mas sobre isso já discorremos diversas vezes.

Medida

As eleições de 2026 sofrerão maior influência da onda bolsonarista? Maior do que em 2018 e em 2022, ou vai ficar na base de um dos dois pleitos? Será um pouco mais forte, um pouco menos? Isso é imprevisível.

Tsunami

Em 2022 havia dúvidas. Muita gente acreditava que a influência seria menor do que a registrada em 2018. Mas foi maior. Em 2026 pode ser menor? Pode ser igual? Pode ser maior? A dúvida está no ar mais uma vez.

Incógnita

A grande verdade é que essa influência é imprevisível. Vai depender do estado de espírito do eleitor, do panorama político nacional e de algumas peculiaridades e características estaduais e regionais.

Prole

Entre os catarinenses, um dos aspectos é se, efetivamente, um segundo filho também vai participar das eleições. Já é dada como certa a presença de Jair Renan, vereador pelo PL de Balneário Camboriú, concorrendo à Câmara Federal. E Carluxo, vem para o Senado? A pergunta é das mais pertinentes porque nenhum filho de Bolsonaro foi testado em eleição estadual em Santa Catarina.

Adotivo

Tivemos a vitória de Jorge Seif em 2022. Ele, contudo, não é filho de sangue, mas considerado como tal. E aí, como vai ser? Com a presença de dois filhos do ex-presidente, a influência seria maior?

Ditadura

Existe sim uma chance concreta de o bolsonarismo registrar uma terceira onda no estado. Agora com mais o ingrediente da vitimização, que haverá de ser explorada pela sua prisão considerada injusta e pela condenação vista como absurda.

Nada disso

Se Jair Bolsonaro ainda estiver em um presídio, ou até mesmo na Polícia Federal durante a campanha, a reação popular em Santa Catarina pode ser ainda maior, respaldando nomes a ele vinculados. Aqueles que imaginam que Jair Bolsonaro vai sumir do mapa em termos de influência político-eleitoral por aqui é bom irem colocando as barbas de molho.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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