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O fim da propriedade privada

Por Cláudio Prisco Paraíso
07/09/2023 - 17h21

Quando se imagina que o STF está se aquietando, que não vai mais aprontar para o brasileiro, a corte reaparece com toda a força. E sempre se superando. 

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É algo inacreditável. O guardião maior da Constituição Federal, o STF, é a primeira instância a violentar a Carta Magna promulgada em 1988. Sem o menor pudor. 
Lá se vão 35 anos desde a promulgação.

A última decisão, pasmem, por unanimidade, foi tornar válido o trecho da lei da reforma agrária permitindo a desapropriação de terras produtivas neste país. 

A Constituição é clara. Desapropriação é viável em caso de terra improdutiva. Se agora pode ocorrer na produtiva também, o proprietário vai deixá-la obviamente improdutiva. Porque terras produtivas poderão ser desapropriadas se não cumprirem “função social.” 

Qual a objetividade dessa medida, desse termo, como aferir a tal função social? Essa régua é subjetiva e certamente vai gerar muita controvérsia porque dependerá do grau e da forma de interpretação. 

Desfaçatez

As supremas togas tomam decisões como essa na maior cara dura, na maior desfaçatez. 
Este supremo está a perturbar e a comprometer a normalidade do país, a começar pela legalidade. 

Esculhambação

Em meio a isso tudo, eles criam um quadro de instabilidade política e insegurança jurídica. Como se já não bastassem as decisões estapafúrdias do desgoverno Lula para deixar o país no fio da navalha. 

Tudo orquestrado

Executivo e Judiciário estão num verdadeiro conluio. Quem vai querer investir no Brasil diante disso tudo que temos assistido? 
Vulnerabilidade política, insegurança jurídica, burocracia infernal e a maior carga tributária do planeta e agora sob risco de perder a propriedade. 

Saldo

Neste primeiro semestre foram quase 420 mil empresas que fecharam as portas. Em todos os segmentos da economia. Em apenas seis meses! Não estão computadas aí as micro e pequenas e nem aquelas que são chamadas de MEI.

Só piora

Ou seja, estamos caminhando em direção ao abismo institucional, econômico, político e jurídico. 

Canalhice

Aí vem essa figura nefasta, que atende pelo nome de Luiz Inácio Lula da Silva, sustentar a tese de que as decisões do STF devem ser tomadas sob sigilo e com voto secreto. Isso ocorre na suprema corte norte-americana. A diferença é que lá existem magistrados honrados. 

Coitadinhos

Alegar que as supremas togas ficam suscetíveis à opinião pública depois de seus votos é debochar, de novo, da cara de quem trabalha, paga impostos e sustenta este país. Se fossem votos sérios no STF, baseados na lei e não em outras circunstâncias, eles não seriam molestados e não mereceriam o protesto da opinião pública. 

Contramão

Os 11 ministros estão na contramão da história. Se nem com voto aberto e sessão transmitida ao vivo eles criam vergonha, imaginem se tudo for sigiloso. O Brasil segue célere para virar uma ditadura de quinta categoria.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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