Pelo visto, o governo Jorginho Mello voltou para o prumo no contexto da articulação política. Depois de quatro meses de declarações equivocadas e movimentos erráticos, a administração estadual acertou o passo.
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Isso coincide com a chegada do experiente Kennedy Nunes como secretário-chefe da Casa Civil. Ele já cumpriu quatro mandatos de deputado estadual. Kennedy vinha respondendo, com êxito, pelo Detran.
Era o diretor-geral. Na segunda-feira, Jorginho Mello bateu o martelo e acertou a presença mais efetiva do MDB no governo.
O deputado estadual licenciado Jerry Comper continua na poderosíssima Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade.
Por sua vez, chega ao governo o deputado federal Carlos Chiodini, que vai assumir a Secretaria da Agricultura com porteira aberta, montando toda a equipe na pasta e também tendo a liberdade de montar os integrantes de duas empresas estratégicas, Epagri e Cidasc.
Chiodini já foi a Brasília para sacramentar a sua licença, assim como ocorreu na campanha, quando ele concorreu à Prefeitura de Itajaí. Quem assumirá é o correligionário Luiz Fernando Vampiro, de Criciúma.
Suplência
A terceira posição emedebista no governo fica para o suplente, que vinha exercendo o mandato na vaga de Comper, Emerson Stein, que vai responder pela Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde.
A Fesporte será comandada por Vinícius Bion, indicação do líder da bancada emedebista na Assembleia, Fernando Krelling.
Pisando em ovos
O MDB, evidentemente, toma todos os cuidados. Não há apoio automático e assegurado para 2026 no projeto de reeleição de Jorginho Mello.
Proximidade
Mas, evidentemente, se já havia essa possibilidade com um único representante no colegiado, agora com outros dois e ainda outra posição no segundo escalão, a perspectiva de Jorginho ter o MDB como aliado se consolida.
Batendo um bolão
Jorginho Mello, com a ajuda de Kennedy Nunes, agora vai também reforçar a presença do PP, representado hoje no colegiado pelo ex-presidente da Assembleia, Silvio Dreveck, titular do Desenvolvimento Econômico Sustentável.
Triplo
Já estamos falando de dois partidos. Além do Republicanos, que é comandado pelo deputado federal Jorge Goetten, intimamente ligado a Jorginho, e pelo seu próprio irmão, Juca Mello.
Fusão
De quebra, ainda tem o PTB, que foi pilotado no estado por Kennedy Nunes. A legenda nem existe mais, se fundiu ao Patriota, resultando no PRD, Partido da Renovação Democrática. São, portanto, PL, Republicanos, PRD, MDB e PP. Cinco partidos sob o guarda-chuva do governador.
Aproximação
Também há conversas muito adiantadas, não com a direção do Partido Novo, mas com a sua principal liderança em SC, o prefeito reeleito com quase 80% dos votos, Adriano Silva, que administra o maior município estadual, sob o aspecto populacional, eleitoral e econômico.
Morro abaixo
Portanto, o arco de aliança de Jorginho Mello, sinalizado para 2026, é robusto. Evidentemente, essa articulação poderá ser ampliada, recebendo outros partidos como União Brasil, por exemplo, principalmente se a sigla acolher a filiação do deputado estadual Antídio Lunelli. Nesse quadro que fica estabelecido, Jorginho Mello, apoiado por Jair Bolsonaro, procura encaminhar uma eleição de primeiro turno.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.
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