Marido de Jaqueline já estava morando com outra mulher em Laguna
Jaqueline Rosa de Oliveira, 38 anos, for esquartejada e teve o corpo carbonizado, antes de ser enterrado no quintal de casa pelo marido. Ele nega o feminicídio e admite a ocultação do cadáver ao justificar que ela teria morrido após passar mal em ocasião em que estariam usando drogas. Ela estava desaparecida desde 30 de setembro.
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As informações foram divulgadas pela Polícia Civil na tarde desta quarta-feira, 05 de junho. A localização do corpo ocorreu no início da tarde após a prisão dele nesta manhã, em Laguna, em uma nova residência onde ele estava morando com outra mulher.
Dez dias após a morte de Jaqueline, o marido se internou em uma clínica. O fato dificultou que a família da vítima soubesse sobre seu desaparecimento. A princípio os familiares acreditaram na possibilidade de o casal ter fugido junto. Depois de um certo tempo ele fugiu da clínica e acabou contando para algumas pessoas que a mulher havia morrido.
O boletim de ocorrência para formalizar o desaparecimento de Jaqueline só foi registrado em fevereiro deste ano. No andamento das investigações dados estranhos começaram a indicar que o caso se tratava de um homicídio e foi direcionado para a equipe de apuração deste tipo de crime.
A princípio, quando foi preso nesta manhã, ele negou ter conhecimento sobre o paradeiro da mulher. Mesmo mediante a apresentação de provas robustas o suspeito só desabou e admitiu que Jaqueline estava morta quando já havia quase finalizado o interrogatório.
O mandado de prisão temporária expedido contra ele tem o prazo de 30 dias e pode ser prorrogado. Neste período os restos mortais da vítima serão periciados para buscar a comprovação da causa da morte. Um exame cadavérico normalmente leva 10 para ser finalizado, mas neste caso o trabalho será mais aprofundado pela questão de só ser possível a análise da ossada.
Ela também tinha uma fonte de recursos que por um tempo parou de ser utilizado, e depois ele passou a utilizar os valores. Essas e outras provas reforçam a suspeita de feminicídio segundo a Polícia Civil.
Ele acompanhou a Polícia para indicar com exatidão o local onde ele havia interrado as partes do corpo de Jaqueline carbonizadas e que já teria sido coberto com vegetação. No geral ele parecia estar tranquilo e admitiu que fez o esquadrejamento e carbonização para ocultar o cadáver. Mas não assume o feminicídio.
Ela já havia feito boletim de ocorrência relatando agressividade por parte dele e ameaça, e viviam um relacionamento turbulento. Ambos eram usuários de droga.
A casa onde viviam era alugada e o proprietário não sabia sobre o caso. O imóvel estava vazio e preparado para receber novos inquilinos.