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SC pode ocupar espaço das exportações chinesas aos EUA

Estudo da FIESC aponta que setores como equipamentos elétricos, máquinas e equipamentos e têxtil e de confecções têm potencial para substituir similares chineses nos EUA

Por Redação
27/05/2025 - 14h42
Estudo da FIESC mapeia novos destinos de produtos chineses e oportunidades de fornecimento para EUA. - Foto: Freepik

 As exportações da indústria catarinense aos Estados Unidos têm potencial de crescimento, mesmo com novas tarifas impostas aos produtos brasileiros.

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Os Estados Unidos são o principal destino das exportações de Santa Catarina e esse relacionamento comercial favorece a substituição de importações chinesas por produtos catarinenses em setores relevantes para a pauta exportadora do estado, segundo um estudo da Federação das Indústrias de SC (Fiesc).

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O trabalho identificou que as exportações de SC de itens similares aos itens que os chineses vendem para os Estados Unidos somaram US$ 488 milhões em 2023.

“Entre os principais setores que poderiam ocupar o espaço deixado pela falta de competitividade de preços chineses dado o aumento de tarifas estão o de equipamentos elétricos, máquinas e equipamentos, têxtil, confecções e calçados e produtos de madeira, que representam uma parcela relevante da atual pauta de exportações do estado”, explica o coordenador do estudo, o economista Marcelo de Albuquerque.

Hoje, as tarifas norte-americanas sobre produtos chineses são superiores às impostas ao Brasil, o que poderia também fomentar novos negócios entre Brasil e  China para viabilizar exportações a partir do território brasileiro. “As oportunidades também podem incluir parcerias estratégicas com empresas chinesas para contornar o impacto tarifário”, afirma o economista.

Invasão de chineses

Por outro lado, o trabalho identificou também a possibilidade de direcionamento do excedente chinês ao mercado brasileiro e catarinense, levando em conta a tarifa máxima já aplicada pelos EUA à China, que chegou a alcançar 145%.

O estudo da Fiesc aponta que o país poderia receber US$ 7,46 bilhões em novos produtos chineses entrando no mercado brasileiro - o que corresponde a 2,84% das compras externas do país, considerando o cenário extremo de tarifas.

Santa Catarina estaria exposta a uma entrada de até US$ 1,33 bilhão de produtos chineses neste contexto. De acordo com Albuquerque, os segmentos mais vulneráveis seriam: produtos químicos e plásticos, equipamentos elétricos, indústria diversa - que inclui a fabricação de produtos médicos, ópticos e brinquedos, por exemplo -, máquinas e equipamentos e também o setor têxtil, de confecções, calçados e acessórios. A projeção foi obtida a partir da participação de Santa Catarina sobre a pauta importadora desses produtos no Brasil.

“A consolidação desse cenário de tarifas extremas sobre a China projeta um aumento da competição no mercado doméstico e entradas de mais insumos para o setor industrial”, explica o coordenador do estudo da Fiesc.

Novos destinos

O trabalho desenvolvido na Fiesc aponta que o Japão será o país mais afetado pela invasão de produtos excedentes chineses nesse contexto, seguido pela Alemanha e Reino Unido. O Brasil seria o 23º país na lista dos que seriam mais impactados pelo redirecionamento das exportações da China.

Sobre o estudo

Para identificar o desvio de comércio e transbordamento do excedente Chinês para outros países, o estudo da Fiesc levou conta as seguintes premissas: 

- Tarifas de 145% impostas pelos EUA à China

- Volume atual de importações de produtos chineses pelos EUA

- O PIB dos demais países, representando o tamanho do mercado consumidor potencial

- Tarifas aplicadas a cada um dos demais países

- Volumes de importação de produtos similares por outros países

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