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Mulher de 50 anos encontrada em condições análogas à escravidão retorna para casa de desembargador catarinense

Ela havia sido recolhida da casa do magistrado e esposa em julho pela Polícia Federal

Por Joyce Santos
12/09/2023 - 11h30.Atualizada em 12/09/2023 - 11h32
As investigações descobriram que a mulher tem seis irmãos - Foto: Reprodução

Uma mulher de 50 anos que havia sido recolhida a uma instituição de acolhimento após ser encontrada em condições análogas à escravidão, retornou a casa do desembargador catarinense Jorge Luiz de Borba na última semana, no dia 06 de setembro.

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O magistrado e sua esposa, Ana Crisitina Gayotto de Borba, conseguiram a autorização de levar novamente a mulher para a residência após uma visita acompanhada pela Justiça no Centro de Acolhimento. 

 

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A possível vítima é surda, não sabe ler e nem escrever e tem seis irmãos residentes em São Paulo que não sabiam que ela estava viva. A mulher foi resgatada no dia 06 de junho deste ano pela Polícia Federal na casa do desembargador. 

Segundo informações do defensor público federal, William Charley Costa de Oliveira, que tentou impedir o reencontro ao apresentar um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), a mulher viva em um quarto mofado nos fundos da moradia do casal. 

Nas investigações do caso os irmãos da mulher disseram em depoimento, que a mãe faleceu fazendo buscas pela filha e que todos a davam por morta. Eles manifestaram o desejo de viver com a irmã e tinham um encontro marcado com ela no dia 22 de setembro.

A família do desembargador disse, por meio de nota, que em respeito ao segredo de Justiça das investigações não comentará o caso e nem o retorno da vítima à casa.

Borba e Ana Cristina pediram ao STJ para poder trazer a mulher de volta para casa. O ministro Campbell Marques atendeu à solicitação deles, porque avaliou que os depoimentos colhidos na investigação não revelam que houve crime no caso.

"Pelos últimos 40 anos, a suposta vítima do delito viveu como se fosse membro da família", afirmou Campbell Marques na decisão.

A Defensoria levou o caso para o STF. O defensor William Oliveira argumentou que, em casos como o dessa mulher, a vítima precisa passar por um protocolo de ressocialização, para poder conquistar a autonomia necessária para decidir sobre o próprio destino. 

As informações são do Terra.

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