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Uma jovem de 25 anos morreu vítima de dengue em Balneário Camboriú. A mãe de Larissa Henckel conta que a filha procurou atendimento médico por quatro vezes na rede pública da cidade e teria ouvido que se tratava de crise de ansiedade.
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O diagnóstico real só foi conhecido após o falecimento, no último domingo, 16 de abril, conforme Janaína Henckel. Consternada, a mãe diz que a jovem começou a ter fortes dores de cabeça na terça-feira, 11 de abril, e no dia seguinte, após o almoço, procurou atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento de Balneário Camboriú.
A prefeitura diz que a paciente foi atendida e medicada, mas não informa para qual doença. Segundo Janaína, a filha teria ouvido que estava com ansiedade.
Na quinta, Larissa teria retornado à UPA e sido novamente liberada após passar por um médico. No último sábado, 15 de abril, com sintomas mais acentuados, a jovem foi levada pela família ao Hospital Ruth Cardoso.
De acordo com a prefeitura, a paciente "apresentava sinais e sintomas sugestivos de dengue, sem sinais de alarme". Além disso, apresentava "bom estado geral, ficando em observação".
A prefeitura frisa ainda que "com resultado normal dos exames realizados, Larissa foi liberada com medicamentos sintomáticos e orientações de que se houvesse sinais de alarme retornasse de imediato ao hospital". "No domingo, 16 de abril, minha filha não falava mais, só gritava de dor", conta a mãe.
Neste dia, a jovem voltou à unidade de pronto atendimento. A prefeitura confirma e menciona que a paciente foi atendida e estava com sinais vitais estáveis. "O médico que a atendeu solicitou um eletrocardiograma e hidratação. A paciente foi liberada na sequência", segundo nota.
"A esta altura, já havia sido feita a coleta para o diagnóstico de dengue, e a paciente estava sendo tratada com os procedimentos necessários em caso de suspeita da doença", garante o município.
Desesperada após ter passado por quatro médicos na rede pública e, segundo Janaína, sem saber o que a jovem tinha, a mãe pediu dinheiro emprestado à chefe e levou a filha a um hospital particular. Logo após dar entrada na unidade, a paciente sofreu duas paradas cardíacas. Antes mesmo que terminasse o cadastro para internação, Larissa morreu.
Janaína alega que em nenhum momento falaram sobre dengue e que não foi feito qualquer -exame. A prefeitura contesta, diz que houve coleta, mas que o resultado não tinha saído até as 10h30min desta quarta-feira, 19 de abril.
Conforme a mãe, o diagnóstico de dengue hemorrágica chegou após exame no hospital privado para onde levou a filha e ocorreu a morte. Larissa era casada e tinha um filho de cinco anos.
Fonte: NSC Total