2.053 guarda-vidas atuam em 429 postos de salvamento
O aumento foi possível graças ao investimento contínuo do governo de Santa Catarina - Foto: Divulgação Iniciada no dia 15 de dezembro, a Operação Estação Verão, maior mobilização anual do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), mobiliza 2.053 guarda-vidas, que atuam em 429 postos de salvamento distribuídos ao longo do litoral catarinense.
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Para a temporada 2025/2026, o CBMSC ampliou o número de guarda-vidas, fortalecendo as ações de prevenção, orientação aos banhistas e resposta rápida a ocorrências no mar.
O aumento foi possível graças ao investimento contínuo do Governo de Santa Catarina, que destinou 10% a mais de recursos para a contratação desses profissionais em comparação com a temporada anterior.
Na alta temporada 2024/2025, atuaram 1.980 Guarda-Vidas Civis Voluntários (GVCs) nas praias catarinenses. Já neste verão, o efetivo passou para 2.053 guarda-vidas, um acréscimo de 73 profissionais, ampliando a capacidade operacional do CBMSC e garantindo mais segurança para moradores e turistas.
Segundo o comandante-geral do CBMSC, coronel Fabiano de Souza, o reforço no efetivo é resultado de planejamento e investimento contínuo na proteção da população.
“A Estação Verão é uma operação estratégica para Santa Catarina. O aumento no número de guarda-vidas reflete o compromisso do Governo do Estado e do Corpo de Bombeiros Militar com a prevenção de acidentes e a preservação de vidas. Nosso foco é garantir que moradores e turistas possam aproveitar o litoral com mais segurança”, destacou.
Águas-vivas
Muito comum nesta época do ano, as águas vivas já estão sendo vistas por todo o litoral catarinense .Em uma semana, na região Sul, já foram contabilizados 130 atendimentos pelo mesmo motivo.
Espécies mais comuns em Santa Catarina
Água-viva Reloginho (Olindias sambaquiensis)
É a espécie mais frequente no litoral catarinense. Quase invisível aos banhistas, permanece geralmente na zona de rebentação e é trazida principalmente pelo vento sul. Os casos ocorrem ao longo de todo o ano, com maior incidência no final do inverno e durante a primavera e o verão, especialmente em fevereiro e nos fins de semana. Após o Carnaval, o número de ocorrências tende a diminuir.
Carvaela Portuguesa (Physalia physalis)
Menos comum, porém mais perigosa, a Caravela Portuguesa é facilmente identificada pelo flutuador azul intenso e pela “vela” que auxilia no deslocamento. Seu veneno é mais potente e pode causar náuseas, vômitos e reações mais graves, exigindo atendimento médico. Essa espécie é trazida pelo vento leste, oriunda do litoral nordestino, com maior incidência em Santa Catarina nos meses de dezembro e janeiro.
Diferenças entre as lesões
O contato com o Reloginho provoca ardência moderada e inchaços arredondados na pele. Já a Caravela Portuguesa causa dor intensa e pode deixar marcas lineares. Em ambos os casos, a presença desses animais está relacionada principalmente às correntes marítimas, independentemente de calor ou chuva.
Apesar de popularmente chamada de “queimadura”, a lesão causada por águas-vivas não é térmica. Trata-se de um envenenamento químico da pele, provocado por células urticantes chamadas cnidócitos, que liberam toxinas ao entrarem em contato com o corpo humano. Os sintomas incluem dor, vermelhidão, inchaço e, em casos mais graves, náuseas e dificuldade respiratória.
O que fazer em caso de contato com água-viva?
Saia imediatamente do mar ao sentir ardência ou identificar o animal;
Procure o posto de guarda-vidas mais próximo;
Não utilize água doce, urina ou outras substâncias no local da lesão;
Lave apenas com água salgada;
Solicite vinagre no posto de guarda-vidas, substância cientificamente comprovada para aliviar os sintomas.
Dependendo da gravidade, o guarda-vidas poderá acionar uma ambulância para atendimento médico.