Estado é o que mais tem câmeras corporais em uso pela Polícia Militar
O uso de câmeras corporais será encerrado pela Polícia Militar de Santa Catarina. O fim do programa foi recomendado pelo Estado-Maior da corporação, e aguarda apenas a assinatura do comandante geral, coronel Aurélio Pelozato da Rosa. A expectativa é que isso ocorra nos próximos dias.
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O Estado foi o primeiro do Brasil a inserir as câmeras na fardas dos policiais, em 2019. O projeto foi feito em parceria com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Entre as justificativas para o encerramento do programa, o documento ao qual a coluna teve acesso cita problemas operacionais e falta de recursos financieros.
O despacho determina o recolhimento e baixa de todas as câmeras, início de um estudo para “soluções tecnológicas mais adequadas aos interesses institucionais e à preservação da ordem pública”, e a busca por alternatvas de financiamento para um novo programa de monitoramento.
Diagnóstico interno
Chefe do estado Maior da PMSC, o coronel Jailson Franzen disse que a recomendação para encerrar o projeto veio de um diagnóstico interno de que havia problemas no programa. Segundo ele, o impasse inclui a manutenção das câmeras, que não é mais feita pela empresa que forneceu os equipamentos, falta de armazenamento adequado de imagens e instabilidade de acionamento – câmeras que, mesmo acionadas, não gravam.
Recentemente, o setor de tecnologia da PMSC foi convidado pelo Ministério da Justiça para integrar o Grupo de Trabalho (GT) que discute um modelo nacional de monitoramento por câmeras corporais. O projeto de câmeras de Santa Catarina é importante para o Brasil não apenas por ter sido pioneiro, mas também por ser o mais abrangente. Segundo dados do Ministério da Justiça, o Estado é o que tem a maior cobertura de câmeras corporais no país, atingindo 25% da tropa. São 2.245 câmeras operantes, para 8.776 policiais em atividade.
A intenção de modificações, no entanto, já vinha sendo levantada internamente.