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Uma mulher de 41 anos e um homem de 52 anos foram presos em flagrante na noite desta segunda-feira, 08 de maio, por tráfico de pessoas na capital paulista.
Roberta Porfírio e Marcelo Valverde foram flagrados com o menino Nicolas Areias Gaspar, de 2 anos, que era considerado desaparecido em Santa Catarina, e foi encontrado durante uma abordagem no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo.
O delegado do 30º DP da capital entendeu que houve o crime de adoção ilegal e que há indícios de que tenha havido tráfico de pessoas porque, em 30 de abril, quando a criança havia desaparecido em Florianópolis, foi verificado pela investigação que um carro branco com placas adulteradas saiu do estado de Santa Catarina para São Paulo. A proprietária do veículo foi identificada e passou a ser monitorada.
Quando Roberta saiu de casa e entrou no carro em que Marcelo estava, os agentes passaram a acompanhá-la até a abordagem.
Quando foi parada, Roberta apresentou um documento e disse que era a Certidão de Nascimento da criança. Ela também falou que a mãe de Nicolas o teria doado e que estariam indo ao fórum para regularizar a situação. Marcelo também foi indiciado com Roberta.
A polícia apreendeu o carro e também os celulares dos dois.
Procurada pelo g1, a defesa de Roberta e Marcelo afirmou que não vai se pronunciar no momento.
O artigo 242 do Código Penal descreve como crime o ato de registrar o filho de outra pessoa como próprio. A pena prevista é de 2 a 6 anos de reclusão. Os dois vão passar por audiência de custódia nesta terça-feira, 08 de maio, em São Paulo.
Anteriormente, a PM catarinense informou que os trâmites necessários para que o menino retorne para Santa Catarina estão sendo realizados em conjunto com a Polícia Civil. A viagem para buscar a criança deve acontecer nesta terça. Não foi informado se a família da criança irá buscá-la.
A mãe de Nicolas está internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A reportagem não obteve informações sobre o motivo da internação.
O desaparecimento dele havia sido informado pela avó e tios maternos do menino em um boletim de ocorrência na última quinta-feira, 04 de maio.
A mãe do menino iria prestar depoimento na segunda, mas a delegada disse que não houve retorno do hospital para a polícia sobre se a mulher poderia ser ouvida.
Fonte: G1