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O dia em que uma tempestade de granizo matou animais e destruiu casas em Tubarão

O mês de julho de 1987 jamais será esquecido pelo morador da Madre, Arnaldo Nunes

Por Fabiano Bordignon
25/10/2024 - 12h40.Atualizada em 25/10/2024 - 14h35
Arnaldo lembrou do dia em que Tubarão sofreu uma forte tempestade de granizo - Foto: Fabiano Bordignon/Revista Única

Andar pelas ruas de Tubarão, conversar com pessoas, ouvir suas histórias e experiências de vida são situações que sempre rendem boas matérias.

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Na manhã desta sexta-feira, 25 de outubro, a reportagem conheceu o tubaronense Arnaldo Nunes, o Gasosa. Aos 75 anos, o morador da Madre também não fica desconfortável se for chamado de “madreiro”, apelido muito usual direcionado a moradores daquela região.

 

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Além de histórias impactantes narradas por ele sobre a enchente de 1974, Arnaldo falou sobre um episódio pouco lembrado que atingiu Tubarão. O fato foi protagonista de um triste cenário em 1987.

Era julho daquele ano, quando uma chamada “corrente de chuva de pedra” passou por lá e se alastrou em regiões de Laguna e Imbituba. 

De acordo com ele, a quantidade e o tamanho das pedras de gelo eram tão volumosos que após sua passagem uma infinidade de pássaros e animais – a maioria bovinos (terneiros) – desenharam um amplo visual de morte e destruição.

“Eu nunca tinha visto algo parecido nem na televisão. A quantidade de pássaros mortos e animais era gigante. Sem contar que a maioria das casas da Madre tiveram o telhado destruído”, lembra.

Dados

De acordo com registros históricos adquiridos pela reportagem, a tempestade de granizo promoveu ampla destruição principalmente em pontos das três cidades da região mencionadas – Tubarão, Laguna e Imbituba.

O fato aconteceu em 13 de julho de 1987, às 17h30. Foram pouco mais de 15 minutos de lágrimas, oração, além de medo, terror e sofrimento. Relatos apontam que pedras de até um quilo foram vistas.

Em Imbituba, o Bairro Divinéia foi o que mais sofreu. “Era gente que chorava, que corria para todo lado. No Campo da Aviação, uma velhinha em desespero, vendo a casa destruída, correu para um galinheiro. No dia seguinte, restou contabilizar o prejuízo. A cifra passou de milhões, escreveu o historiador de Imbituba, Lourenço Di Pietro.

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Registro do cenário após a tempestade em Imbituba - Foto: Lourenço Di Pietro/Arquivo

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