Carlo Ancelotti teria cometido crime de fraude fiscal em sua primeira passagem pelo comando merengue
O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, se viu nesta quarta-feira, 06 de março, com problemas fora do âmbito futebolístico. O comandante foi acusado de fraudes fiscais pelo Ministério Público da Espanha, e pode pegar até quatro anos e nove meses de prisão, tempo solicitado pelo órgão.
:: Quer receber gratuitamente notícias por WhatsApp? Acesse aqui
A grande motivação para a acusação se deu na primeira passagem do italiano pelo comando dos merengues. Em 2013, Ancelotti assinou um contrato de três anos com o Real, expirando vínculo ao fim do primeiro semestre de 2016. A relação veio a ter um fim em maio de 2015, quando deixou o clube para dar lugar a Rafa Benítez.
No ato da assinatura do contrato, "Carletto" especificou a remuneração que teria nos três anos de contrato, além de valores igualmente divididos com o clube no tocante a direitos de imagem.
Porém, para evitar cobranças de tributos em sua parte dos direitos, o treinador recorreu a uma rede de trustes e companhias arquivadas, cedendo a sua metade à entidade Vapia Limited, das Ilhas Virgens, por um período de dez anos e um valor estimado em 25 milhões de euros.
Desta forma, Ancelotti apenas simulou a transferência dos direitos de imagem para empresas fora da Espanha, mas ocultou quais seriam os beneficiários, deixando a Fazenda Pública local sem o controle da situação.
Em 2014, o técnico informou à direção do Real Madrid que quem estava no controle de sua representação era a Vapia LLP, de Londres, e não a Vapia Limited.