Os casos de abuso foram descobertos pelo namorado dele
Um técnico de enfermagem foi preso por abusar de pacientes inconscientes durante atendimentos médicos. Pelo menos quatro homens foram abusados pelo funcionário, que gravava vídeos dos crimes. Os casos ocorreram em Curitiba, Paraná.
:: Quer receber gratuitamente notícias por WhatsApp? Acesse aqui
O homem foi identificado como Wesley da Silva Ferreira, de 25 anos. Os casos de abuso foram descobertos pelo namorado dele, que encontrou os vídeos na galeria do celular. Os arquivos foram repassados para a PCPR (Polícia Civil do Paraná) e o técnico de enfermagem foi preso na terça-feira, 29 de outubro.
Wesley está em prisão preventiva e responderá por estupro de vulnerável, visto que os pacientes abusados estavam sedados e, por consequência, inconscientes.
Segundo o delegado Tiago Dantas, da PCPR, com base nos vídeos gravados por Wesley, pelo menos quatro pacientes foram abusados. “Foram identificadas quatro vítimas, mas há vídeos de quase um ano. Então, pode ser que haja muito mais vítimas do que a gente possa identificar criminalmente”, conta o delegado.
No depoimento, Wesley confessou os crimes e disse que todos os casos de abuso foram cometidos na UPA da CIC (Unidade de Pronto Atendimento da Cidade Industrial de Curitiba).
Ele aproveitava os períodos de trabalho noturno, quando ficava sozinho com os pacientes em alguns momentos, para praticar os abusos e filmá-los. Os alvos eram homens sedados.
Apesar do técnico de enfermagem citar apenas a UPA, a Polícia Civil suspeita que ele tenha praticado os crimes também em outros locais. A investigação constatou que a data dos vídeos no celular não bate com o período de trabalho de Wesley na unidade.
“Vamos trabalhar com quebra de sigilo de dados para verificar outros vídeos que possam ter sido apagados e identificar os hospitais”, afirma a delegada Aline Manzatto.
Após ser preso por abusar de pacientes sedados, Wesley afirmou ter HIV, doença sexualmente transmissível, e que faz tratamento desde 2019. Mesmo assim, ele reiterou saber do risco que colocava os pacientes ao cometer os abusos. A polícia vai analisar os dados de horários de trabalho e plantões do técnico para verificar outras possíveis agressões.