Para o senador, discussão deveria ser técnica, mas ignorou correntes de pensamento e privilegiou apenas defensores do projeto do aborto
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, assistiu com irritação, pela TV, à sessão de debates realizada na manhã desta segunda-feira no plenário da Casa, a pedido do senador Eduardo Girão (Novo-CE), destinada a discutir a resolução do Conselho Federal de Medicina que proibiu a assistolia fetal — procedimento usado na interrupção da gravidez nos casos de aborto previsto em lei — em casos deprobabilidade de sobrevida do nascituro.
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Durante o evento, a contadora de histórias Nyedja Gennari narrou em cerca de cinco minutos um texto fictício no qual assumiu o ponto de vista de um suposto feto no dia em que foi submetido ao procedimento de assistolia fetal. O uso da dramatização foi um dos fatores que contrariaram Pacheco.
Para Pacheco, a discussão sobre esse assunto deve levar em conta todas as correntes, critérios técnicos e científicos e a legislação vigente, além de ter a participação das mulheres senadoras.