A Organização Mundial da Saúde (OMS) já aceita a espiritualidade como contribuição em tratamentos
O Conselho Federal de Medicina (CFM) criou recentemente uma comissão para entender como a questão da espiritualidade e da fé pode interferir na saúde.
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A Comissão de Saúde e Espiritualidade irá avaliar estudos para entender como a fé e a prática da espiritualidade interferem na prevenção do adoecimento e na evolução clínica positiva dos pacientes.
A comissão é integrada por pesquisadores e estudiosos, inclusive com publicação de artigos, e a ideia é que as evidências ajudem a formar um convencimento do CFM para melhor orientar os médicos na conduta dos seus pacientes em relação a esse tema.
A espiritualidade e a fé têm sido temas comuns em congressos médicos e a comunidade científica tem solicitado mais pesquisas sobre o tema.
Em artigo publicado recentemente na revista Nature, o neuropsicólogo e professor da faculdade de medicina da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, Jordan Grafman, faz esse apelo.
Ele afirma que “compreender melhor os processos cerebrais associados à religiosidade e espiritualidade pode fornecer ferramentas extras para tratar condições como dor e vício”.
Além disso, ele também acredita que entender a religiosidade e a espiritualidade pela neurociência “é crucial para a compreensão do cérebro humano – e da vida humana”.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já aceita a espiritualidade como contribuição a ser considerada no tratamento de pacientes.
O CFM ressalta que a questão não está relacionada a uma religião e que que isso não substitui o tratamento convencional que já existe, consolidado dentro de critérios científicos, como tratamentos terapêuticos com diagnóstico médico e prescrição médica.