Deixo bem claro que ao escrever este comentário repudio qualquer forma de agressão – em qual for o embate.
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A cena que viraliza desde o momento fatídico, lamentável, que ganhou repercussão sem precedentes, a partir do que temos acompanhado após a cadeirada que o candidato a prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) deferiu em seu oponente Pablo Marçal (PRTB), durante debate na TV Cultura, na noite de domingo, 15 de setembro, pra mim sugere o famoso jargão “pediu pra levar choque”.
Nesse contexto, eu vejo que essa agressão sugere dupla interpretação. Pedir para levar choque é quando o indivíduo faz alguma provocação a outro. É uma situação que se concretiza quando há uma agressão física, ocasionada por algum golpe moral.
O caso entre Datena e Marçal, gerou ainda um apelo que deve render vitimização ao candidato agredido. Atrás nas últimas pesquisas, Marçal, politicamente, creio ter pedido para ser agredido.
Astuto como tem demonstrado ser, Marçal sabe que a reação de Datena pode lhe impulsionar à frente na disputada corrida eleitoral. Não é à toa que já na manhã desta segunda-feira, 16 de setembro, ele publicou uma foto em suas redes sociais acamado no hospital.
No entanto, há um amplo leque de diferença entre a facada que Bolsonaro sofreu naquela disputa à presidente e a cadeirada. Bolsonaro não pediu – o contrário de Marçal.
Blog do Bordignon
Em 2004, colou grau em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina. É editor da edição impressa da Revista Única e, dos portais, www.lerunica.com.br e www.portal49.com.br.
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