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Jair Bolsonaro, Santa Catarina, o PSD e o PL

Por Cláudio Prisco Paraíso
20/09/2024 - 19h12.Atualizada em 20/09/2024 - 19h11

Jair Bolsonaro desembarca nesta quinta-feira em Santa Catarina, para um roteiro por quatro municípios. Ele vem fazer campanha para seus correligionários, candidatos a prefeito do PL, Partido Liberal.

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Não custa lembrar que existem outros grandes partidos em Santa Catarina. Vamos citar os cinco maiores. Maiores não propriamente em número de prefeitos e vereadores, mas em relevância no contexto estadual. Partido dos Trabalhadores, o PT. Até porque Décio Lima foi para o segundo turno em 2022 contra o liberal Jorginho Mello.

O vermelho levou uma sova de 70% a 30%, mas chegou. Quais são os grandes líderes do PT no cenário nacional? Estamos falando de figuras que possam vir ao estado, nesta reta final da campanha, ajudar as candidaturas de Pedro Uczai em Chapecó; Ana Paula Lima em Blumenau; Carlito Merss em Joinville; e Lela Farias em Florianópolis. Só para citar os quatro maiores municípios com candidatos petistas. A maior liderança, evidentemente, é Lula da Silva.

Alguma agenda prevista em SC? Claro que não. Quem esteve aqui na semana passada foi a presidente nacional, Gleisi Hoffmann. Ela cumpriu agenda na Capital. E não arrastou multidões. Evidentemente. 

Fora dessa

O PP, quem teria para trazer? Ciro Nogueira, presidente nacional, senador pelo Piauí. Quem mais?  O líder progressista que merece o maior crédito no plano nacional é catarinense, o senador Esperidião Amin. Ou seja, o PP não tem ninguém para trazer ao estado e alavancar campanhas. 

Manda Brasa

E o MDB, quem teria para trazer?  Renan Calheiros? Baleia Rossi, deputado federal por São Paulo, que é o presidente nacional da sigla? Michel Temer, ex-presidente?

Herança

Como transparece, o MDB também não vai trazer quem quer que seja a Santa Catarina.  O partido tem Renan Calheiros Filho, ministro dos Transportes. Pela fama desfavorável do pai, contudo, claro que ele acaba não agregando eleitoralmente. 

Esquerda disfarçada

Fechamos o quinteto partidário com o PSD. Quem os pessedistas teriam para fazer campanha no território catarinense, para cabalar votos aos seus candidatos? Quem sabe o chefão Gilberto Kassab, que preside a sigla com mão de ferro, conduzindo acordos do partido com a bancada do PT no Senado, que indicou três ministros no governo Lula da Silva? 

Quem sabe

Tem alguma vinda prevista de Kassab entre nós?  Ou talvez de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado e do Congresso Nacional, que engavetou mais de duas dúzias de pedidos de impeachment de ministros da Suprema Corte, com destaque para Alexandre, o diminuto?  Com essa ficha corrida, provavelmente Pacheco pudesse ser um bom cabo eleitoral, mas do prejuízo.

Gurizada boa

Quem mais no PSD? Quem sabe Omar Aziz, do Amazonas, que presidiu vergonhosamente a tal CPI da Covid-19, tendo como relator Renan Calheiros, duas figuras patéticas sobre as quais existe uma verdadeira legião de processos. Nas mais variadas instâncias.

Meu rei

O PSD também conta, em seus quadros, com Otto Alencar, da Bahia. Ele era aliado de Antônio Carlos Magalhães, mas depois bandeou-se para os lados do PT. Alencar foi vice do PT no segundo mandato de Jacques Wagner, e depois buscou abrigo no PSD. Óbvio, PSD e PT estão sempre caminhando juntos. 

Distância

Tem previsão de alguém do PSD para uma visita ao Estado? Obviamente que não. Essa turma pessedista tem o DNA oportunista, aproveitadores e querem pegar carona em Jair Bolsonaro. 

Dissimulação

E nem ficam vermelhos, considerando-se que o ex-presidente Bolsonaro é o oposto, o expoente da oposição ao governo que o PSD integra com três ministérios. Governo Lula, do PT e seus satélites da extrema-esquerda. E o PSD está com eles, faz parte, é da turma, além, naturalmente, de votar com o PT no Congresso. 

PSD tem lado

E mais curioso ainda, pra não dizer outra coisa: em Santa Catarina, o PSD é oposição a este mesmo PL, liderado no estado pelo governador Jorginho Mello. Ou seja, em Brasília, o PSD é PT e em SC, o PSD é contra o PL. Simples assim.

Tem pra todos os gostos

Por Cláudio Prisco Paraíso
17/09/2024 - 19h44.Atualizada em 17/09/2024 - 19h44

Como em todas as eleições, o brasileiro, no caso aqui o catarinense, acompanha a verdadeira guerra das pesquisas. Muitas são para acompanhamento interno.  Costumam ser certeiras.  O que gera controvérsia são aquelas com o objetivo de divulgação ao distinto público.

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Por isso, a exigência da Justiça Eleitoral para que venham a ser registradas.  Ocorre que a Justiça Eleitoral faz de conta que acompanha a metodologia das empresas.  É um enorme, de um faz-de-conta.

A bagunça é generalizada.  O verdadeiro samba do crioulo doido.  Tem pesquisas para todos os gostos.

Contratadas por partidos políticos, por coligações.  Enfim, servem aos candidatos interessados em influenciar a opinião pública na reta final da campanha. Olhando friamente, a realidade é que não temos uma regulamentação criteriosa desse assunto.

Se os veículos de comunicação fossem os agentes que viessem a contratá-las, tudo bem. Temos empresas que até merecem fé pública. Outras, no entanto, sem o menor pudor, acabam vendendo pesquisas encomendadas por candidatos. 

Confusão

Isso tudo agita o pleito. E o eleitor acaba confuso, mais perdido que cego em tiroteio. Sem falar que as pesquisas influenciam, sim, aquele cidadão indeciso, que ainda não escolheu, que não gosta de jogar voto fora, que quer acompanhar o vitorioso.

Festança

Urge a regulamentação disso.  Com critérios rígidos.  Inclusive com restrição de divulgação de pesquisas a uma semana, dez dias antes do pleito. Do jeito que está, é uma verdadeira farra.

Dia e noite

Em Santa Catarina, se observa, em alguns municípios, pesquisas realizadas no mesmo período e que dão resultados diametralmente opostos. Porque os números saem de acordo com o interesse do freguês, daquele que contrata.  

Parcialidade

A Justiça Eleitoral, que procura ser tão exigente para combater as chamadas fake news, supostas fake news, porque a mentira não deve ser cobrada apenas para um lado. No caso das pesquisas, essa mesma Justiça Eleitoral faz cara de paisagem.  Justiça Eleitoral, aliás, de atuação vergonhosamente parcial, tendenciosa e capciosa em 2022 durante a disputa presidencial.

Tudo liberado

Essa mesma Justiça Eleitoral não se preocupa em colocar um freio nesse festival de pesquisas que só servem para confundir, tumultuar a cabeça do eleitor e, por vezes, radicalizar as eleições. Porque os resultados são os mais diversos.  Evidentemente que, em boa parte das vezes, não correspondem à realidade.

Incógnita

Daí, pergunta-se: blindar o eleitor dessa influência irreal, mentirosa, falsa, não é importante?

Na verdade, também há a omissão do Congresso Nacional nisso tudo. Deputados e senadores deveriam legislar claramente a respeito das regras e limites das pesquisas. 

O fato é que é urgente se colocar um freio de arrumação nessa bagunça.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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