Fechar [x]
APOIE-NOS
Tubarão/SC
26 °C
17 °C
Início . Blogs e Colunas .Cláudio Prisco Paraíso

Derrocada canhota

Por Cláudio Prisco Paraíso
16/10/2024 - 09h32.Atualizada em 16/10/2024 - 09h32

A esquerda nacional está em polvorosa. Começaram a vazar reuniões registradas no ambiente do governo e também no contexto partidário.Todo mundo está avaliando, claro, a derrota do Palácio do Planalto. Mas não só do Palácio do Planalto. É a derrota do PT, da esquerda brasileira.

:: Quer receber gratuitamente notícias por WhatsApp? Acesse aqui

Para se ter uma ideia, há 12 anos, cinco partidos de esquerda fizeram quase 1,5 mil prefeituras. São eles: PT, PDT, PSB, PSOL e o PCdoB.

Esse é o quinteto. Transcorridos esses 12 anos, qual foi o resultado? Pouco mais de 700 prefeituras. Ou seja, uma redução significativa.

A canhotada perdeu mais de 50% das prefeituras. Daí começaram a transpirar conversas entre governistas e petistas que vieram à luz do dia.
Parece que Lula da Silva está extremamente irritado pelo resultado. Até teria criticado a falta de renovação no PT. Oh cara-pálida, é muita cara-de-pau.

Por que será que o PT não teve renovação?  Muito simples. Porque ele é um caudilho e nunca deu oportunidade a ninguém.

Personagem

Sempre foi ele.  Façamos um retrospecto. Lá em 1989, com o restabelecimento das eleições diretas à Presidência da República, quem foi o candidato? Lula da Silva.

Sequência

Depois, nos pleitos de 1994 e 1998, tivemos a eleição e a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Lula da Silva só chegou em 2002, na quarta tentativa.  E se reelegeu na quinta disputa, em 2006.

Poste

Como não poderia disputar um terceiro mandato consecutivo, Lula lançou o poste Dilma  Rousseff e a elegeu em 2010 e a reelegeu em 2014.

Direita no pedaço.

Mas ela foi impedida em 2016. Naquele ano, veio o período de Michel Temer e a chegada daquele que hoje encarna à direita no Brasil, Jair Bolsonaro, que se elegeu contra o segundo poste (Fernando Haddad). Lula da Silva estava preso.

Libertinagem

E em 2022, o que o Supremo Tribunal Federal faz? O descondena, o liberta, restabelece seus direitos políticos e, numa condição parcial e capciosa da Justiça Eleitoral, na figura de Alexandre de Moraes, o elege presidente. Na sexta tentativa.
Ou seja, perdeu as três primeiras e ganhou as últimas três.

Ah, tá

E aí, Lula vem falar em renovação? Até porque já está se comportando como candidato à reeleição aos 81 anos de idade. Vejam só. E vem reclamar de renovação.

Comunicação

Agora, ele também se queixou de que o PT precisa mudar a linguagem e os seus quadros.  Ora, não muda a linguagem porque não tem novas lideranças, porque o partido caducou, está desmoralizado diante do brasileiro. Lula criticou também a falta de comunicação do governo.

Do Sul

Paulo Pimenta, deputado gaúcho, foi escolhido por ele, por que não o trocou? Simples assim. E agora já quer também defenestrar Gleisi Hoffmann e colocar o companheiro, camarada Edinho Silva, ex-prefeito da Araraquara, onde também o PT perdeu, como futuro presidente do PT nacional. Ou seja, é Lula da Silva e os petistas lambendo as feridas. Numa clara demonstração de que o PT e a esquerda vão de mal a pior no Brasil e as perspectivas de 2026 são desalentadoras.

Embocadura nacional

Por Cláudio Prisco Paraíso
12/10/2024 - 09h28.Atualizada em 12/10/2024 - 09h28

Assim como Jair Bolsonaro esteve em Santa Catarina esse ano, em pelo menos umas três oportunidades e especialmente na última, quando percorreu sete municípios na reta final da campanha eleitoral, agora ele deseja a contrapartida de Jorginho Mello. 

:: Quer receber gratuitamente notícias por WhatsApp? Acesse aqui

É isso mesmo, o PL está disputando o segundo turno em nove capitais e também com candidaturas em outros municípios com mais de 200 mil eleitores, algo em torno de 20 cidades.

E o que deseja Jair Bolsonaro do governador catarinense? A presença dele, de alguma maneira, ajuda e fortalece candidaturas em vários municípios, em várias capitais, como, por exemplo, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza e por aí vai. 

O sentimento da direção nacional do PL é de que os governadores podem ajudar nessa grande mobilização. Os mandatários estarão sendo chamados a participar, sobretudo nos finais de semana. Até para não comprometer a agenda administrativa de cada qual no exercício do cargo.

Ainda mais Santa Catarina. No estado, o PL elegeu 90 dos mais de quinhentos prefeitos do partido no Brasil. Ou seja, são quase 18% dos eleitos em primeiro turno pelo Partido Liberal.

No topo

Foi o melhor resultado entre os liberais. Disparado. Por isso, Waldemar da Costa Neto, presidente nacional do partido, já combinou uma visita a Jorginho Mello em Santa Catarina. Agenda que vai acontecer depois do segundo turno para justamente buscar informações e saber como se deu a façanha e a proeza de um resultado tão expressivo.  Afinal de contas, na última eleição, o PL elegeu pouco mais de uma dúzia de prefeitos.

Mais de 300%

Depois de Jorginho Mello como governador, o PL cresceu. Já tinha 26 prefeituras e agora deu um salto para 90. Pela primeira vez, o MDB é desbancado da posição de maior partido catarinense. Desbancou o MDB e abriu 20 prefeituras. E com um detalhe, o MDB só ganhou em Jaraguá do Sul, considerando as 13 maiores cidades catarinenses. O resto, no pequeno e médio porte.

Barba, cabelo e bigode

Já o PL venceu em cidades de pequeno, médio e grande porte. Entre as 13, elegeu cinco prefeitos. No Vale, o partido conquistou Blumenau, Itajaí e Brusque.

Mais dois

No Sul, os liberais passarão a comandar Tubarão. Na Grande Florianópolis, a conquista foi em Palhoça. Só que, na Grande Florianópolis, também entra na contabilidade a vitória esmagadora de Topázio Silveira Neto. O mesmo vale para a capital da Serra, Lages, com Carmen Zanotto.  Então foram sete de 13, mais da metade.

Desempenho

Se ampliarmos o leque, olhando para os 30 maiores municípios catarinenses, o PL fez 15 prefeituras. Somando-se Topázio e Carmen, esse número vai a 17. O segundo colocado entre as 30 é o PSD com 6, mesmo número do MDB.

Voando

Jorginho Mello está prestigiado junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e também junto à direção nacional. Isso coloca o partido em um outro patamar.

Na proa

E pode fazer com que, sem dúvida nenhuma, daqui pra frente, Jorginho Mello esteja no circuito nacional das grandes articulações liberais pilotadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente nacional, Waldemar da Costa Neto.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

+Lidas

Revista Única
www.lerunica.com.br
© 2019 - 2024 Copyright Revista Única

Demand Tecnologia

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a nossa Política de Privacidade. FECHAR