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Setembro Amarelo: Cuidar e Acolher

Artigo de autoria do Promotor de Justiça Douglas Roberto Martins, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública do MPSC

Por Redação
10/09/2024 - 15h15.Atualizada em 10/09/2024 - 15h18
Foto: Divulgação

O suicídio está entre as vinte principais causas de morte no mundo, resultando em quase 700.000 mortes anuais, com uma taxa global de 9 por 100 mil habitantes (dados de 2019).  

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A prevenção ao suicídio é uma prioridade para as políticas públicas globais. Entre os anos de 2000 e 2019 houve uma redução do número de suicídios de 36% no mundo. Entretanto, o Brasil, no mesmo período, foi um dos países que apresentou maior elevação do número de suicídios, aumentando em 43%.

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As pesquisas alertam que, para além de questões médicas, o aumento do número de suicídios no Brasil está associado com o aumento das desigualdades enfrentadas especialmente pelos grupos mais vulnerabilizados, destacando-se as pessoas idosas, mulheres, negras, indígenas e quilombolas, LGBTQIAPN+, com deficiência e outras.

Para compreender o suicídio e desenvolver políticas e metodologias de prevenção é preciso olhar para as diferentes políticas públicas, assim como considerar as diferenças e desigualdades que caracterizam nossa sociedade, dando visibilidade a multifatores contextuais que afetam as pessoas e especialmente os grupos vulnerabilizados.

De outro lado, é fundamental o papel da Rede de Atenção à Saúde Mental no cuidado das pessoas e na prevenção ao suicídio, em especial a função das Unidades Básicas e Postos de Saúde, como contato mais recorrente e imediato do usuário com o SUS. Para além deles, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são fundamentais no cuidado em saúde mental.

 

Se precisar de ajuda ou precisar ajudar alguém de seu círculo de convivência, busque os serviços do SUS ou profissionais de confiança. É normal não estar bem, é normal precisar de ajuda.

 

A prevenção ao suicídio é o objetivo do evento Setembro Amarelo organizado pelo Ministério Público de SC em parceria com a Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP), que para este ano de 2024 tem como tema ¿cuidar e acolher¿. Dialogar com os profissionais sobre as determinações sociais do sofrimento mental e o fortalecimento da RAPS são os objetivos do encontro previsto para acontecer no dia 10 de setembro, na sede do MPSC. Saiba mais sobre a iniciativa e participe do Setembro Amarelo do MPSC e da ACP por meio dos sites e das redes sociais das instituições.

 

* Escrito por Promotor de Justiça Douglas Roberto Martins - Coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública do MPSC

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