Algumas famílias que resistem em deixar seus lares, por não terem condições de morar em outro local, estão à deriva há 17 meses
Uma situação de alerta foi vivenciada pela reportagem da Revista Única, nesta quarta-feira, 18 de outubro. Desde às fortes chuvas que caíram em maio de 2022, moradores da Rua Vândio da Silva, no Bairro Santo André, em Capivari de Baixo, não conseguem dormir devido à apreensão, a cada nova enxurrada.
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No final da rua as poucas famílias que resistem em deixar seus lares, por não terem condições de morar em outro local, estão à deriva. A cada chuva mais intensa, o rio invade a encosta que já avançou em boa parte do perímetro. Não é mais possível sequer recolher seus automóveis à garagem e o perigo com desmoronamento é iminente.
A indiferença para a solução do problema é narrada pela moradora Valéria Soares da Silva, 44 anos. “A Associação de Moradores do Bairro Santo André (Ambasa) promoveu diversas reuniões com a prefeitura, mas nada foi feito. A atual prefeita Márcia Roberg já esteve por diversas vezes aqui - não exatamente onde você está – viu mais de longe – e disse que não pode fazer nada”, relata.
Valéria reside apreensiva com mais um casal de filhos e duas netas bebês, em uma das residências. Segundo ela, a prefeita disse que aguarda verba federal para tentar uma solução. “Já chegaram a dizer que, no mínimo, levará dez anos para termos uma solução”, comenta.
Nas chuvas deste mês, a moradora conta que, por pouco, o rio não ultrapassou a calha. “Faltou mais ou menos 30 centímetros”. Valéria ainda garante estar com os pagamentos dos impostos em dia.
A Única tentou contato com a assessoria da prefeitura nesta quarta-feira, 18, mas a chamada não foi atendida até a publicação da matéria.
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