Tecnologia importada da Espanha realiza disparos hipersônicos capazes de fragmentar o granizo antes que ele atinja o solo
Chapecó pretende implantar um sistema antigranizo na zona urbana da cidade, com o objetivo de proteger regiões que sofrem frequentemente com esse tipo de fenômeno climático.
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De acordo com o diretor da Defesa Civil municipal, Walter Parizotto, o equipamento será instalado em um ponto estratégico do município e promete manter protegida uma área de cerca de 80 hectares.
Diferentemente dos sistemas já utilizados em cidades do Meio-Oeste catarinense, que recorrem ao iodeto de prata para desintegrar pedras de granizo, o canhão antigranizo que será implantado em Chapecó dispensa o uso desse composto químico.
A solução buscada pela Defesa Civil do município utiliza um equipamento capaz de gerar ondas de choque sônicas, lançadas na estratosfera a 15 mil metros de altitude, diretamente em direção às nuvens com potencial de formação de granizo.
Essas ondas criam, lá no alto, uma espécie de barreira protetora com raio de 500 metros, que atua impedindo a formação de granizo dentro da nuvem e fragmentando eventuais pedras em queda, fazendo com que cheguem ao solo em forma de chuva.
"Não há como usarmos um sistema que deixe resíduos em uma área que é habitada. Inclusive hoje há questionamentos sobre o uso desse outro sistema à base de iodeto de prata em alguns países do mundo, em função de que parte dessa substância pode ser aderida na água e voltar para o solo", afirma Parizotto.