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Nos 50 anos da Epagri, pesquisa é destaque ao transformar o Brasil de importador a exportador de maçã

Até meados do século 20, a maçã consumida no Brasil vinha principalmente da Argentina

Por Redação, Revista Única
06/10/2025 - 11h04.Atualizada em 06/10/2025 - 11h09
No final da década de 1990 o Brasil atingiu a autossuficiência na produção de maçãs de alta qualidade e então passou a exportar - Foto: Ricardo Trida

Se hoje podemos saborear uma maçã produzida em terras brasileiras, isso se deve muito ao trabalho de pesquisa da Epagri. 

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A empresa pública do governo de Santa Catarina, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, é responsável pelo maior programa de melhoramento genético da fruta no país, além de ser protagonista em diversas pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias de produção que são essenciais na matriz produtiva da maçã nos dias atuais. 

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Até a década de 1980, o Brasil dependia da importação da variedade Red Delicious, muito conhecida como “maçã argentina”. Foi naquela época que o país começou a produzir a fruta comercialmente, mas foi no final dos anos de 1990 que  atingiu a autossuficiência na produção de maçãs de alta qualidade e então passou a exportar. Quase toda a produção de maçãs brasileiras se concentra em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estados com o clima frio, que é necessário para que as macieiras consigam produzir flores e frutos.

Por trás de toda essa história, existe o trabalho de pesquisa da Epagri. Em 2025 a Empresa celebra um marco histórico: 50 anos de pesquisa agropecuária em Santa Catarina. A data é comemorada por conta da criação, em 1975, da Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária – a Empasc.

Esta instituição se fundiu a outras empresas públicas catarinenses e deu origem à Epagri, em 1991. Desde então, a Epagri tem levado adiante a missão de gerar e difundir conhecimento para fortalecer o agronegócio do Estado, como é o caso da maçã.

Como tudo começou

Até meados do século 20, a maçã consumida no Brasil vinha principalmente da Argentina. O clima e a falta de variedades adaptadas faziam parecer improvável que o país pudesse produzir a fruta em escala comercial. Isso começou a mudar em 1968, com a criação, pelo governo de Santa Catarina, do Projeto de Fruticultura de Clima Temperado (Profit) – Lei n°4.263, aliado à política de incentivos fiscais federais que estimularam o plantio de pomares.

O Profit foi executado pela Empasc, precursora da Epagri. A Empresa iniciou pesquisas voltadas à adaptação da macieira ao clima catarinense. Foram anos de estudos para entender o comportamento de cultivares vindos do exterior, até chegar a combinações que uniam produtividade, resistência e sabor.

Esse trabalho é feito por duas estações experimentais da Epagri: em Caçador e em São Joaquim.

O reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) da maçã Fuji da Regição de São Joaquim reforça esse diferencial e coloca a fruta catarinense entre as de melhor qualidade do mundo. Três variedades desenvolvidas pela Epagri, identificadas com a marca Sambóa, também são cultivadas em outros países e vem conquistando o paladar dos consumidores estrangeiros.

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