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Justiça de SC vai julgar crimes de facções com ‘juízes secretos’ e vozes distorcidas

Magistrados não terão rosto e voz divulgados em processo

Por Redação, Revista Única
09/06/2025 - 16h00
Vara especializada destinará processos criminais para o mesmo colegiado, e não mais à comarca de origem do fato - Foto: Divulgação

Juízes ‘sem rostos’, sentença com aval de mais de um magistrado e testemunhas identificadas por reconhecimento facial.

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Essas são algumas das características da nova vara da Justiça de Santa Catarina, criada para julgar crimes de organizações criminosas e de facções.

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Os servidores estão em fase de treinamento e em breve devem iniciar os trabalhos. A previsão é de que a nova área, vinculada à Comarca de Florianópolis, passe a operar ainda em junho, com abrangência para todo estado.

A unidade será composta por cinco juízes e juízas titulares, com competência privativa e concorrente para processar, julgar e executar todos os atos pertinentes à unidade.

O potencial da nova vara é de 2.182 processos, divididos em 840 na fase de inquérito ou envolvendo medidas de investigação, e outros 1.342 relativos a ações penais.

Como funcionará a vara para crimes de organizações criminosas

Com a nova vara especializada, todos os crimes que envolvem organizações criminosas em Santa Catarina serão destinados ao mesmo colegiado, e não mais à comarca de origem do fato.

Juízes secretos: os julgamentos ocorrerão em Florianópolis e as sentenças serão assinadas pelos juízes da nova vara. Cinco magistrados acompanharão os processos e não serão identificados — três deles deverão acordar sobre as sentenças.

Vozes alteradas: as audiências ocorrerão por videoconferência, mecanismo pelo qual as vozes e imagens dos magistrados serão modificadas.

Uso de IA: a identificação das testemunhas será por reconhecimento facial.

“O grande marco dessa vara é a especialização. Os juízes acabam ficando mais especializados naquela matéria, que são crimes de maior gravidade e processos de grande complexidade”, explicou o juiz corregedor do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), Raphael Mendes Barbosa.

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