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Governo de Santa Catarina trabalha na prevenção da violência contra o idoso

Neste ano há 943 inquéritos em andamento nas unidades policiais de crimes contra idoso

Por Redação
15/06/2024 - 08h49.Atualizada em 15/06/2024 - 08h51
Ações buscam orientar e prevenir que idosos fiquem expostos à violência - Foto: Ricardo Wolffenbüttel

O próximo sábado, 15 de junho, é o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra o Idoso, momento de chamar a atenção da sociedade para um problema muitas vezes invisível, mas extremamente grave.

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Em Santa Catarina, onde cerca de 15% da população tem 60 anos ou mais, o governo do Estado e a Polícia Civil (PCSC), por meio das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), vem atuando não apenas na repressão a este tipo de crime.

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Para se ter uma ideia da frequência de crime contra idosos, neste ano há 943 inquéritos em andamento nas unidades policiais das DPCAMIs. Dentre os motivos mais comuns estão apropriação de bens e proventos; expor a pessoa idosa a perigos; deixar de prestar ou dificultar sua assistência à saúde da vítima; reter cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, pensão ou proventos do idoso.


Mas não basta apenas atuar no enfrentamento ao problema é preciso também trabalhar na prevenção à violência. Para tanto, equipes treinadas que atuam nas DPCAMIS de todo o estado promovem rodas de conversas nas instituições de acompanhamento de idosos com o objetivo de informar os participantes sobre os seus direitos e onde buscar ajuda, em caso de necessidade.

A delegada Patrícia Zimmermann D’Avila, titular da Coordenadoria das DPCAMIs (CDPCAMIs), assinalou que a violência não se restringe a uma marca no corpo. “Ela pode ser física, sexual, psicológica (agressões verbais); institucional (quando é praticada por funcionários de uma instituição pública ou privada); financeira quando os bens ou recursos financeiros são usados sem consentimento, ou até mesmo patrimonial, que é quando uma pessoa pressiona a vítima assinar documentos sem a devida explicação, alterar testamento, antecipar herança ou vender bens e imóveis sem sua vontade e consentimento”, destacou a delegada.


Como a violência normalmente é praticada dentro da casa da vítima e por familiares ou profissionais contratados para cuidar do idoso é importante que pessoas próximas estejam alertas para mudanças de comportamento. “As pessoas devem ficar atentas aos sinais dados pela vítima como o entretecimento, a falta de recursos para comprar remédios, alimentos, o afastamento do convívio social”, observou.

A delegada Patrícia destacou que é importante observar o comportamento da pessoa idosa ao evitar contato com familiares ou cuidadores; ficar atento ao comportamento de pessoas próximas ou familiares que demonstram interesse apenas nas finanças da pessoa idosa e não se importam com seu bem-estar e em manter vínculo afetivo com ela. A alteração de humor, sintomas de depressão, sentimentos de rejeição e desvalorização são sinais que merecem atenção e podem indicar ou não uma situação de violência contra a pessoa idosa. “É importante estar atento e procurar conversar sobre o assunto para entender melhor o que está acontecendo”, reforçou a delegada Patrícia.


Outros pontos que merecem atenção são: segurança e salubridade do ambiente que a pessoa reside; se a medicação e alimentos estão sendo administrados e oferecidos de forma adequada; se continua participando das atividades que tinha por hábito, frequentando as consultas médicas, interagindo com as pessoas e grupos e, caso não esteja, procure saber o motivo da descontinuidade.

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