Destruição dos 25 contêineres marca fim definitivo de uma era no sistema prisional catarinense
A intenção do governo é que o espaço seja destinado a parceiras com a iniciativa privada - Foto: Leo Munhoz No comando de uma escavadeira, o governador Jorginho Mello deu início simbólico à demolição do Complexo Penitenciário da Agronômica, em Florianópolis, na última quinta-feira, 04 de dezembro.
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Em seguida, acompanhado da secretária de Estado da Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim, o governador acompanhou a retirada dos 25 contêineres que, por quase duas décadas, chegaram a abrigar mais de 200 pessoas privadas de liberdade no local. Este foi o primeiro passo para a desativação total do presídio.
“Começamos a colocar abaixo isso que envergonhava Santa Catarina, esses contêineres, quase um micro-ondas que tinha aqui na Agronômica para colocar presos. Nós estamos botando tudo no chão para seguir com o grande projeto que estamos fazendo para construir 9 mil vagas distribuídas em todos os presídios que já existem em Santa Catarina. A gente está fazendo com segurança, melhorando a segurança do presídio, fazendo eles todos laborais para que o preso possa trabalhar, ganha um salário mínimo, 50% para a sua família, 25% para ele pagar a pensão e 25% vai para um fundo que depois que ele for liberado, ele vai ter um recomeço de vida, então isso é bom para a sociedade”, disse o governador Jorginho Mello.
A secretária Danielle destacou que a medida faz parte da desativação completa da Agronômica, já anunciada no início do ano, e integra o conjunto de investimentos que vem sendo aplicados para substituir estruturas antigas por unidades modernas e adequadas.
“Desde o início do governo Jorginho Melo, em 2023, ele já mandou tirar todos os presos dessa área, e assim foi feito. É uma área que não era boa para o preso e muito menos para a segurança dessa unidade prisional. Agora a gente consolida, desativando para concretizar que quando a gente tira o preso, não retorna mais nenhum preso para aquela área. Então aqui começa com a desativação aonde eram os contêineres e depois, de forma gradual, conforme as obras das novas unidades forem ficando prontas, a gente vai transferindo os presos e desativando cada ala dessa unidade prisional. O complexo da agronômica será desativado, é importante para a sociedade, mas mais ainda ela é importante para o sistema prisional, pois são unidades que já não atendem mais os padrões de segurança e os padrões de reintegração social”, resumiu a secretária.
A Agronômica abriga atualmente 2.070 presos e passa agora para uma nova etapa do processo de desativação. A demolição, além de eliminar definitivamente as estruturas inadequadas, simboliza o compromisso do Estado com uma política prisional mais humana, segura e alinhada às recomendações técnicas e judiciais.
Futuro
A intenção do governo é que depois da demolição total do Complexo Penitenciário, o espaço seja destinado a parceiras com a iniciativa privada. Transformar o local em uma atração para turistas e moradores usufruírem com lazer e cultura.
“Estamos recebendo diversas sugestões do que fazer aqui, enfim, para ter mais um ponto importante para a sociedade de Florianópolis e da grande Florianópolis poder utilizar”, projetou Jorginho Mello.