Desempenho superior ao do Brasil foi impulsionado pelos setores de Serviços, Indústria e Comércio
A atividade econômica de Santa Catarina cresceu 4,3% em janeiro, em comparação ao mesmo mês do ano passado. O resultado supera o indicador nacional, que foi de 3,4%.
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O setor de serviços registrou um crescimento de 10,2%na atividade econômica, enquanto na indústria o aumento foi de 6,3% e no comércio a alta foi de 2,8% no primeiro mês do ano, comparado a janeiro de 2023. Segundo análise do Observatório Fiesc, o resultado positivo foi impulsionado pela abertura de vagas no mercado de trabalho e a queda das taxas de juros.
Os bons resultados da atividade industrial se devem ao crescimento em setores com maior sensibilidade à taxa de juros. Para o presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, o início do processo de redução nas taxas de juros favoreceu o bom desempenho dos setores mais relacionados a bens de capital e bens intermediários, que apresentaram recuperação em relação ao ano passado.
“Um exemplo disso é a produção de máquinas e equipamentos, que teve expansão de 28,5%, e a de equipamentos elétricos, que teve alta de 19,8% em relação a janeiro de 2023”, destacou.
Também contribuíram para o crescimento da atividade industrial catarinense os segmentos de madeira e móveis e de minerais não-metálicos, refletindo as exportações, que foram incentivadas pela melhora nas condições do setor da construção nos Estados Unidos.
“Outro destaque no mercado exterior foi a diversificação dos destinos para a carne suína, um dos principais produtos da pauta exportadora catarinense, que também trouxe reflexos positivos para a indústria no começo do ano, apesar da desaceleração da demanda chinesa”, pontuou Camila Morais, economista do Observatório Fiesc.
Outros setores
No setor de serviços, o crescimento refletiu o bom desempenho das atividades prestadas às empresas e seleção e locação de mão de obra, além do transporte rodoviário de carga e serviços de tecnologia da informação.
No comércio catarinense, o resultado foi puxado pelo consumo de bens duráveis, devido ao aumento das vendas de veículos, motocicletas, partes e peças e eletrodomésticos.
Além disso, a demanda das famílias também aumentou o consumo em hipermercados e supermercados e artigos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos.