Encontro com apresentação de linhas de crédito aconteceu Federação das Indústrias (Fiesc), em Florianópolis
Os financiamentos serão realizados com cláusula contratual de compromisso de manutenção de empregos - Foto: Filipi Scotti O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciou a liberação das linhas de crédito para indústrias exportadoras afetadas pelo tarifaço.
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As empresas podem procurar seus agentes financeiros ou o próprio BNDES, de acordo com o diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do banco, José Luis Gordon, em reunião realizada na Federação das Indústrias (Fiesc), nesta quarta-feira, 17 de setembro.
São R$ 40 bilhões em crédito no âmbito do Plano Brasil Soberano, composto por R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões em recursos do próprio Banco. Esses recursos devem financiar capital de giro e investimentos em adaptação da atividade produtiva, aquisição de máquinas e equipamentos e busca de novos mercados.
Para o presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, o encontro foi essencial para que as indústrias afetadas pelo tarifaço conhecessem as linhas de crédito e pudessem tirar dúvidas.
"Santa Catarina foi muito atingida, e o Plano Brasil Soberano veio numa boa hora e vai aliviar um pouco esse baque que o empresário catarinense teve", afirmou o presidente da Fiesc.
Empresas de todos os portes que foram impactadas pela tarifa de 50% terão acesso aos recursos do FGE, se o faturamento bruto com exportações aos Estados Unidos tenha sido igual ou superior a 5% do total apurado entre julho de 2024 e junho de 2025.
Ao todo, quatro linhas de crédito serão ofertadas com recursos do FGE, sendo elas:
- Capital de Giro (financiamento de gastos operacionais);
- Giro Diversificação (busca de novos mercados);
- Bens de Capital (aquisição de máquinas e equipamentos);
- Investimento (inovação tecnológica, adaptação da atividade produtiva, de produtos, de serviços e de processos, e adensamento da cadeia produtiva).
Os financiamentos serão realizados com cláusula contratual de compromisso de manutenção de empregos, conforme a superintendente de comércio exterior do BNDES, Lívia dos Reis Rocha.
"Queremos viabilizar que os exportadores brasileiros consigam manter a atividade econômica, preservar e gerar empregos, diversificar mercados internacionais e modernizar e fazer a adaptação produtiva ", disse.