Setor promove carreiras promissoras
O Brasil detém 20% da biodiversidade do planeta com 128 mil espécies de animais, 55 mil espécies de plantas e seis biomas, o que é vital para a biotecnologia. Por isso, carreiras nesta área tendem a ser promissoras.
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Os dados são da Embrapa e foram apresentados pelo pesquisador Rômulo Lucio Vale de Moraes, do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados. Ele participou nesta quinta-feira, 04 de abril, do evento SulBiotec Innovation, promovido pela Associação da Rede de Biotecnologia da Região Sul, na sede da Federação das Indústrias (Fiesc).
“Há um mundo de possibilidades a ser explorado na biodiversidade do Brasil. A nova era da biologia digital nos desafia especialmente em relação à bioprospecção, que exige a conservação dos recursos naturais, o uso sustentável e a partilha justa dos benefícios”, explicou Moraes.
Para o pesquisador, a inteligência artificial tem papel fundamental na prospecção de bioinsumos - produtos ou processos desenvolvidos a partir de enzimas, extratos, microrganismos, entre outros.
“Filmes já preconizavam a chegada das máquinas, que devem substituir profissionais que não fazem uso dessas tecnologias. Grandes players, como Google e Microsoft, têm apostado na inteligência artificial para a descoberta de fármacos, por exemplo”, acrescentou.
São desafios para avanços na área de bioprospecção, segundo o pesquisador, a biopirataria, a dificuldade de pesquisa e desenvolvimento, a regulamentação inconsistente, a falta de infraestrutura, a qualificação profissional, além de acesso à colaboração e financiamento.
RCBio
Moraes detalhou ainda a atuação da Rede Catarinense de Inovação em Biodiversidade e Bioeconomia (RCBio), dos Institutos Senai. Com infraestrutura completa para atender projetos nesta área de biotecnologia e pesquisas aplicadas, a rede conta com 90 pesquisadores do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados e banco de dados compartilhado para a geração de dados.