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"Aceitei o desafio por saber que posso multiplicar a representação política do Sul Catarinense"

O secretário da Casa Civil, deputado Estêner Soratto da Silva Júnior (Soratto), apresenta números e detalha ideais do Governo Jorginho

Por Redação
24/06/2023 - 17h27.Atualizada em 24/06/2023 - 17h52
Secretário da Casa Civil, Soratto - Foto: Fhillype Costa/Divulgação

O deputado estadual Estêner Soratto da Silva Júnior, o Soratto (PL), ocupa uma função avalizada com extrema confiança pelo governador Jorginho Mello (PL). Após aceitar o convite do mandatário do Poder Executivo estadual para chefiar a Casa Civil, o secretário é responsável por inúmeras decisões fundamentais para a engrenagem que move do Governo do Estado.

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Soratto explica que aceitou o desafio porque a sua missão de poder trabalhar em prol do povo catarinense e a possibilidade de retribuir os quase 26 mil votos recebidos para uma das vagas da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), ao lado do governador, são maiores em comparação a uma das 40 vagas no legislativo estadual. Ele lembra que sua promessa de campanha era aumentar a representatividade política da região perante o governo estadual.

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Em entrevista à Revista Única, Soratto detalha a abrangência da Casa Civil e apresenta alguns levantamentos sobre a máquina pública estadual.

Qual a função da Casa Civil? Eu tenho a função de ajudar a gerenciar o governo, assessorando o governador Jorginho Mello nas relações institucionais e nas questões legais, como, por exemplo, a criação dos projetos de lei que tramitam na Alesc. Aqui também faço o relacionamento do Poder Executivo estadual com o Governo Federal e os municípios, principalmente na transferência de recursos.

O que te motivou a não assumir a vaga de deputado e aceitar o convite do governador Jorginho Mello para chefiar a pasta? É importante observar que, apesar de não legislar na Assembleia, eu fui eleito, sou deputado estadual. Aceitei o desafio na Casa Civil por saber que posso multiplicar a representação política do Sul Catarinense e porque tenho certeza que nosso governador Jorginho Mello fará um governo pensando nas pessoas, principalmente naquelas que mais precisam.

Pelos levantamentos prévios iniciais, qual a situação herdada do governo anterior? O tesouro do Estado fechou 2022 com R$ 128 milhões no vermelho. As obras pactuadas no Plano 1000, que eram para serem pagas em cinco anos, foram prometidas em dois. Isso deixou um déficit de R$ 2,9 bilhões para 2023 e o orçamento deste ano tem a previsão de apenas R$ 1,5 bilhão. Para piorar, a folha salarial do Estado cresceu, de 2020 para 2021, R$ 700 milhões, de 2021 para 2022, R$ 1,5 bilhão, e de 2022 para 2023, R$ 3,5 bilhões. 

Com sua ida à Casa Civil, qual a dimensão a região da Amurel ganha em termos de importância dentro de um dos principais cargos do governo do Estado?  Durante a campanha para deputado estadual sempre prometi ser a representatividade política da nossa região no Poder Executivo estadual. Agora, com o convite para a Secretaria da Casa Civil, represento a Amurel, o Sul e todo o Estado de Santa Catarina. Hoje, que vivo quase que diariamente com o nosso governador Jorginho Mello, sinto que se tornou menos difícil tirar obras históricas do papel. 

O governador Jorginho Mello foi eleito após os catarinenses não aprovarem o governo passado. Com a máquina na mão, Carlos Moisés (Republicanos) não chegou a ir para o segundo turno das eleições. Vocês têm essa noção de responsabilidade? Total noção, por isso o foco do governo é nas pessoas - saúde e educação.

O Soratto sempre foi um homem público de fácil acesso e diálogo moderador. Prefeitos, lideranças políticas que ainda não te conheciam, contatarão essa sua virtude? Sempre pratiquei essa abertura a todas as pessoas indistintamente. O meu número de telefone é o mesmo há 15 anos e não vai mudar. 

Quais são as principais carências percebidas atualmente em Santa Catarina? Primeiro, saúde – ter mais de 200 mil pessoas aguardando por uma cirurgia ou um exame, muitas há mais de três anos, é algo vergonhoso. Não combina com Santa Catarina, mas já estamos realizando diversas frentes que têm amenizado essa primeira necessidade. A educação tem uma forte carência, principalmente em ensino profissionalizante. E a nossa malha rodoviária precisa de uma atenção especial.  

Como o governo estadual pretende se relacionar com o governo federal? De forma republicana, o Brasil precisa de Santa Catarina e Santa Catarina precisa do Brasil.

Um dos problemas identificados recentemente do antigo governo foi uma espécie de cheque sem fundo às prefeituras – a maioria referentes ao Plano 1000. Como vocês lidam com esse problema? O governador Jorginho Mello já assegurou que obras paradas atrapalhando a população terão continuidade, desde que os valores contratados estejam dentro da realidade. Já encontramos quilômetro de asfalto sendo pago R$ 5 milhões em uma prefeitura, e noutra R$ 2 milhões, com características semelhantes. Se não houver uma explicação bastante fundamentada, com certeza, não continua.

Qual a arrecadação atual do Governo do Estado? A arrecadação de 2022 terminou em R$ 57 bilhões bruta e após os repasses para municípios restou R$ 44 bilhões.

O agronegócio, sem dúvida, é a principal mola propulsora de Santa Catarina. O governo será um aliado do setor? Com certeza. O agro é muito forte em Santa Catarina. Com o apoio das entidades, como a Epagri e a Cidasc, através da Secretaria da Agricultura e Pesca, vamos fazer com que os nossos produtores tenham cada vez mais competitividade no mercado nacional e internacional. Podemos provar o interesse do governo nesse setor, com a ida recente do governador Jorginho Mello a Tubarão, prestigiando a 5ª Abertura da Colheita do Arroz em Santa Catarina, por exemplo.

*Materia publicada na edição impressa de março/abril de 2023 - Entrevista: Fabiano Bordignon

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Fotos: Divulgação

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