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Hospital de Criciúma realiza seu primeiro transplante renal entre vivos

Gesto de amizade deu início a uma nova etapa na história da instituição

Por Redação, Revista Única
12/11/2025 - 17h44
O primeiro entre doadores vivos da história do hospital foi realizado no último sábado, 08 - Foto: Divulgação

Elas se conheceram há alguns anos, dentro da igreja, e desde então a amizade cresceu entre encontros, orações e partilhas de fé. Veridiane Feltrin e Ana Felicidade Rito Ardengue, ambas de Balneário Camboriú, não imaginavam que esse laço se tornaria, um dia, o fio que ligaria duas vidas de maneira tão transformadora. 

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No último sábado, 08 de novembro, o Hospital São José de Criciúma foi o local que possibilitou que a vida das amigas ficasse ainda mais interligada. Foi na instituição que foi realizado com sucesso o transplante renal entre as duas. O primeiro entre doadores vivos da história do HSJosé. 

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A cirurgia foi realizada com sucesso. Ana, que até a véspera do procedimento ainda fazia hemodiálise, agora comemora os resultados. “Minha creatinina já está normal. Os médicos dizem que a recuperação está indo muito bem. A enfermeira até comentou que nunca tinha visto uma evolução tão rápida. Parece um sonho. Eu vivi anos ligada à máquina e agora posso dizer que tenho uma vida nova”, comemorou.

O preparo da equipe e o significado desse primeiro transplante para o Hospital São José

De acordo com a diretora técnica e chefe do serviço de nefrologista do Hospital São José, Dra. Cassiana Mazon Fraga, o procedimento envolveu uma grande equipe multiprofissional, com duas cirurgias realizadas de forma simultânea. “Enquanto uma equipe fez a retirada do rim da doadora, a outra já preparava a receptora para o implante. Tudo acontece praticamente no mesmo tempo. O rim quase não fica fora do corpo e, por isso, a função costuma se restabelecer imediatamente. No dia seguinte, o órgão já estava funcionando normalmente, como se nunca tivesse parado”, explicou.

Ela destaca ainda que este tipo de transplante é menos comum atualmente, porque Santa Catarina tem um número alto de captações de órgãos de doadores falecidos. 

O procedimento, o primeiro da região, também representou um marco para o serviço. “Além de toda a complexidade técnica, há um processo criterioso de autorização, com avaliação de comitês de ética, aprovação da Central Estadual de Transplantes e autorização judicial. Todo esse cuidado garante que o gesto de doação seja totalmente consciente e seguro para as duas partes. As duas evoluíram muito bem, a doadora já recebeu alta e a receptora segue conosco, em ótima recuperação”, afirmou a médica.

Veridiane teve alta hospitalar na última terça-feira, 11 de novembro, e diz que voltaria a fazer tudo de novo. Ana, que precisará realizar um acompanhamento por mais tempo para garantir o sucesso da cirurgia, fala com gratidão sobre a amiga que virou parte dela.

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