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Cerca de 5% da movimentação do Porto de Imbituba devem ser impactadas por tarifaço

Tarifas dos Estados Unidos comprometem exportações de principais itens

Por Redação, Revista Única
12/08/2025 - 08h47.Atualizada em 12/08/2025 - 08h55
Exportações representaram 49,4% das movimentações do complexo portuário em 2024 - Foto: Divulgação

O tarifaço de 50% aplicado pelo governo dos Estados Unidos em exportações de produtos brasileiros tem afetado diretamente Santa Catarina.

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No Porto de Imbituba, por exemplo, tem madeira, pisos e refrigerados como os principais itens exportados para os EUA. 

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E ainda, em 2024, operações com destino ao exterior representaram 49,4% das movimentações do complexo portuário. 

Christiano Lopes, presidente do porto, relata que desde o início da aplicação das tarifas na última quarta-feira, 06 de agosto, produtores têm buscado alternativas de negociação para exportar para outros mercados. Atualmente os principais destinos das exportações do Porto de Imbituba são Europa e Ásia. 

 "Muita gente nos procurando para saber quais as nossas linhas com a Ásia, para exportar os produtos. Então os produtores estão buscando alternativas que não sejam os Estados Unidos", pontua Christiano. 

De acordo com ele, há uma estimativa de diminuição de 150 a 200 contêineres por mês, que antes eram destinados aos EUA, o que deve impactar principalmente a indústria madeireira.

Essas operações correspondem a cerca de 5% da movimentação do porto.

"O nosso impacto está ligado à linha Brasex, que é uma rota de contêiner que temos daqui para os EUA. Essa linha tem como principais produtos a madeira, o piso e produtos refrigerados, como frango e peixe. Então isso nos impacta, principalmente, na madeira", explica o presidente.

O setor de produtos de madeira e móveis estão situados principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Serrada do Estado.

Segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), a medida tem gerado diminuição de pedidos e redução de embarques, isso porque algumas empresas possuem atualmente um foco quase 100% voltado ao mercado dos Estados Unidos. 

Neste caso, segundo a Fiesc, já há registros de empresas que estão demitindo ou dando férias coletivas para os trabalhadores, o que gera impactos para o encadeamento da produção e para todos os produtores que dependem das empresas exportadoras.

Produtos menos afetados pelo tarifaço

Atualmente os principais produtos de exportação do Porto de Imbituba são os granéis agrícolas e os granéis minerais, que possuem linhas diretas para a Europa e Ásia e são os menos afetados pelo tarifaço. No ano passado, as cargas a granel foram responsáveis por 79,2% da movimentação total no complexo portuário, somando aproximadamente 6,6 milhões de toneladas. 

Dentre os produtos deste segmento, os minerais lideraram as operações, com 3,7 milhões de toneladas, à frente dos produtos agrícolas, com 2,87.

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