Deputados federais de direita simularam placar após levantamento
Algozes do ministro da Justiça, Flávio Dino, deputados da direita iniciaram uma campanha contra a indicação do ex-governador do Maranhão para o Supremo Tribunal Federal (STF).
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Esses parlamentares provocam Dino desde sua posse e já registraram mais de uma centena de convocações e convites para que ele comparecesse à Câmara, com o propósito de constrangê-lo.
Agora, esses deputados decidiram expor os 81 senadores que participarão da sabatina do ministro da Justiça e votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se for aprovado, no plenário. E exibem suas supostas posições, se a favor ou contra, à aprovação do nome de Dino para a Corte.
Segundo o levantamento dos aliados de Jair Bolsonaro, até agora são contabilizados 18 votos de senadores contrários a Dino, 15 a favor e 48 estariam indefinidos.
Os amigos de Bolsonaro chegaram a incluir, entre aqueles que supostamente votam a favor de Dino no STF, o nome do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-chefe da Casa Civil do último governo, mas depois retiraram. Esses 18 são todos da base do governo, sem nenhuma surpresa.
No campo dos que são contra só há previsibilidade, uma lista extensa de bolsonaristas, que já tem votado contra o governo, como no caso da reforma tributária, que registrou 24 votos contra o texto de Eduardo Braga (MDB-AM).
É na lista de indecisos que estão algumas incongruências. Eles relacionam nesse grupo até mesmo a senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA), a suplente de Dino no Senado, e que já parabenizou nas suas redes a indicação do ministro para o lugar de Rosa Weber na Corte.
Na lista de improváveis indefinidos contam ainda três petistas: Augusta Brito (CE), Beto Faro (PA) e Rogério Carvalho (SE). Também aparece como indeciso o relator da indicação de Dino na CCJ, o seu aliado Weverton Rocha (PDT-MA), que deverá dar parecer favorável, e outros vários senadores da base do governo. Informações são do Correio Brasiliense.