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A série infantil Ridley Jones: A Guardiã do Museu, uma das atrações da Netflix, faz apologia da linguagem neutra. No oitavo episódio da quinta temporada, um pequeno búfalo se dirige à avó, um búfalo fêmea, e pede que seus colegas o chamem de Fred.
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O animal quer usar esse nome porque se considera não binárie [sic], ou seja, não pertence a nenhum gênero específico.
O pequeno búfalo assume a identidade não binária pouco antes de receber a incumbência de liderar um rebanho. “Tem uma coisa que preciso te contar”, diz Fred à avó. “Isso não pode mais esperar. Se eu for liderar um rebanho, quero fazer isso sendo quem sou. Afinal, você sempre diz para liderar com o coração.”
O animal enfatiza que se sente mais à vontade com o nome Fred. “É porque sou ‘não binárie’. E Fred é o nome que se encaixa melhor.”
Mas não para aí. O pequeno búfalo também prefere que usem ile e dile como seus pronomes de tratamento. “Me chamar de ‘ela’ ou ‘ele’ não parece certo”, diz.
Depois que ouve a declaração de Fred, a avó se manifesta. “É por isso que você estava sofrendo”, considera. “Não sabia disso. Como poderia liderar um rebanho sem ser quem você é? Desculpe por usar o nome e o pronome errados. Obrigado por mostrar seu coração. É assim que você vai arrasar, liderando debandadas. Você é forte e valente, Fred!”
O pequeno bisão — e agora líder do rebanho — parte com seus pares. E a avó diz: “Ile está liderando com o coração”.
Fonte: Revista Oeste