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Mesmo em contexto de elevadas taxas de juros que explicam a contração da produção industrial nacional em 0,2%, em fevereiro na comparação com janeiro, a produção industrial de Santa Catarina cresceu 1,8%, no mesmo período. Os dados, dessazonalizados, foram analisados pelo Observatório Fiesc.
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“O destacado desempenho catarinense é explicado pela capacidade de inserção internacional, integração com o agronegócio nacional e pela fase do ciclo de produção da construção civil", afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
Segundo Aguiar nas exportações, o destaque é para motores e geradores elétricos, assim como, para partes de automotores, que impulsionaram as produções dos respectivos setores em 14,2% e 13,2%, enquanto os mesmos setores permaneceram estagnados em âmbito nacional”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
No âmbito interno, as excelentes safras do início de 2023 explicam o desempenho dos setores de máquinas e equipamentos catarinense, cuja produção cresceu 12,4%, enquanto a nacional também se manteve estagnada.
Adicionalmente, o setor de minerais não-metálicos cresceu 13,8%, aparentemente beneficiado pela combinação de (i) forte demanda no litoral catarinense, com (ii) momento do ciclo de construções residenciais iniciadas em 2020 e 2021, no imediato pós-pandemia.
“Esses excelentes resultados diferenciam a capacidade catarinense, mas não tornam a dinâmica produtiva imune ao ambiente macroeconômico nacional”, avalia Aguiar.
Muitos setores, cujas demandas são determinadas pelo consumo das famílias brasileiras, tais como os de linha branca e vestuário, continuam passando por um processo de desaceleração produtiva, causados pelas restrições de crédito, típicas do esforço do Banco Central em conter a inflação.
Por essa razão, o filme do longo prazo ainda revela uma queda da produção industrial catarinense de 4,1%, no acumulado de 12 meses. “A retomada vigorosa e sustentada da produção industrial ainda depende do ciclo de queda da taxa de juros”, finaliza.