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Em meio a uma notícia triste da perda, a família é acolhida pelo profissional de saúde que lhes oferece a possibilidade de doação dos órgãos do paciente confirmado com morte encefálica e orienta sobre a importância do ato.
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Para agir neste momento difícil e delicado, as equipes das Comissões de Transplantes são constantemente capacitadas. Como resultado desta ação, em 2022, Santa Catarina registrou a menor taxa de não autorização para doação de órgãos do Brasil, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
De um total de 728 potenciais doadores notificados no ano passado, apenas 141 famílias recusaram a doação. O número corresponde a uma taxa de negativa de 28%.
Somente o Paraná alcançou o mesmo resultado. No país, a taxa de negativa familiar foi de 47%, a mais alta dos últimos 10 anos. Como consequência, SC foi o único que efetivou mais de 40% dos seus potenciais doadores. Das 728 notificações, 329 foram doadores de fato, que representa 35 a mais do que em 2021.
Além disso, um total de 1.521 pacientes foram transplantados, superando a melhor marca até então de 1.507, antes da pandemia em 2019.
Aliado a isso, Santa Catarina apresentou o melhor resultado de doadores efetivos com 44,8 por milhão de população (pmp), indicador universalmente utilizado para avaliar e comparar resultados entre os estados.
Os resultados alcançados no território catarinense são fruto de um constante e intenso trabalho desempenhado pela SC Transplantes. Ao longo das últimas duas décadas, a entidade coordenou o treinamento das equipes profissionais visando aprimorar habilidades na busca da conscientização das famílias para autorização da doação.
Potenciais doadores
A taxa de notificações de potenciais doadores também apresenta uma curva ascendente no estado, o que representa um aumento significativo deste índice. Santa Catarina e outros dois estados (DF, PR) ultrapassaram a marca de notificações de 99 pmp, enquanto a taxa nacional foi de 61,9 pmp.
Fila por transplante
Em dezembro de 2022, Santa Catarina possuía uma fila de espera por transplante de 1.062 pacientes ativos. Destes, mais da metade (560) aguardam por um novo rim, 419 buscam uma nova córnea, 51 esperam por um fígado, 2 anseiam por um coração e 1 necessita de pâncreas funcional.
No Brasil, no mesmo período, havia 53.989 pacientes ativos na lista de espera por um transplante de órgão.