Desempenho contrasta com expectativa de alta de 3,3% no PIB brasileiro;
A indústria de transformação deve encerrar o ano com queda de 0,5%. A previsão é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que atualizou nesta quarta-feira, 11 de outubro suas projeções para 2023.
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Segundo a entidade, a retração na maior parte do segmento industrial ocorre pela queda da demanda e da produção, especialmente nos setores mais sensíveis ao crédito. Estes setores têm sido penalizados pela elevada taxa de juros.
A previsão inicial era de queda de 0,9%, mas o desempenho de alimentos e derivados de petróleo, no primeiro semestre, segurou uma redução maior na média dos demais segmentos da indústria de transformação.
“A indústria, que desempenha um papel estratégico no fortalecimento de todo o setor produtivo brasileiro, especialmente com seus investimentos em tecnologia e inovação, está encolhendo”, alerta o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Demais setores industriais
A expectativa é de desempenho bastante heterogêneo na indústria como um todo. O PIB industrial deve crescer 2% em 2023, puxado pelos resultados positivos na indústria extrativa, na indústria da construção e nos serviços industriais de utilidade pública (SIUP).
A indústria extrativa, que tem na sua base a produção de minério de ferro, a extração de petróleo e de carvão mineral, deve crescer 6,7% este ano. A construção terá expansão de 1,5% e o SIUP terá alta de 5,3%.
“A questão é que a indústria da transformação responde por 58% do PIB industrial e tem maior capacidade de alavancar o PIB do que os demais setores da economia”, explica o gerente-executivo de Economia, Mário Sérgio Telles.