***
Neste mês, são comemorados os 32 anos de criação do Mercosul, o Mercado Comum do Sul, consolidado com a assinatura do Tratado de Assunção, em 26 de março de 1991.
:: Quer receber notícias, gratuitamente, por WhatsApp? Acesse aqui
O bloco econômico é formado pelos países-membros – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – e pelos países associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname).
Para compreender o que isso significa para Santa Catarina, o Observatório Fiesc fez uma análise das relações econômicas do estado com os países que fazem parte do bloco.
“Santa Catarina tem tido como prioridade intensificar o relacionamento comercial com os países integrantes, por meio de agenda contínua, com o objetivo de descobrir nichos de atuação conjunta, especialmente buscando aumentar a complementariedade industrial, com a substituição de importação de terceiros países”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
Ele destaca que a diversificação e a constante internacionalização da indústria catarinense são eixos fundamentais para a continuidade de um Mercosul atuante.
Ano passado, Santa Catarina exportou o montante recorde para o Mercosul, de US$ 1,4 bilhão, com aumento significativo para a Argentina, que representou 57,3% do total vendido para o bloco.
Dessas exportações, pode-se destacar o papel kraft, os revestimentos de ferros laminados planos, as cerâmicas não vitrificadas, entre outros itens. Já as exportações ao Paraguai e ao Uruguai atingiram US$ 341,2 milhões e US$ 269,5 milhões, respectivamente.
A venda de produtos intensivos em tecnologia para o Mercosul também registrou valores históricos em 2022, com US$ 462,3 milhões, um aumento de 42% em relação a 2012, representando 32,3% do total exportado para o bloco. Motores elétricos, refrigeradores, motores de pistão e compressores de ar estão entre os principais produtos.
“Nas exportações brasileiras, a participação do Mercosul é de 4,9%, enquanto em Santa Catarina, o grupo econômico representa 9,1% do total exportado.
Nesse quesito, o estado ocupa a quarta colocação no ranking nacional, atrás apenas de Pernambuco (13,3%), Amazonas (9,8%) e São Paulo (9,3%)”, explica o economista do Observatório FIESC, Vicente Heinen.