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Dívidas acumuladas: Correios podem ser despejados de mais de 200 imóveis

Estatal enfrenta rombo de R$ 2 bilhões e atrasos em pagamentos de aluguéis, IPTU e outras taxas

Por Redação
08/12/2024 - 20h15.Atualizada em 08/12/2024 - 20h16
Déficit até setembro de 2024 era superior a R$ 2 bilhões - Foto: Agência Brasil/Divulgação

Com um déficit superior a R$ 2 bilhões até setembro de 2024, os Correios correm o risco de serem despejados de pelo menos 200 imóveis alugados. A situação crítica foi revelada em uma reportagem do Poder360, que detalhou a grave crise financeira enfrentada pela estatal.

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De acordo com um documento interno datado de 30 de outubro, 122 imóveis já estão em processos de despejo devido a atrasos nos pagamentos. Essas desocupações podem ocorrer a partir de 30 de novembro. Além disso, outros 127 contratos de aluguel vencem até o fim do ano e dependem de renegociações para serem renovados.

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Entre os imóveis em risco estão:

-  206 agências dos Correios;

-  34 centros de distribuição domiciliar;

- 4 unidades de tratamento de encomendas e cartas.

Para evitar o despejo e manter os contratos de aluguel, os Correios buscam redirecionar R$ 1,5 bilhão de um contrato para cobrir as despesas, mas o processo ainda está em andamento. 

A estatal também acumulava, até outubro, uma dívida de R$ 9,5 milhões relacionada a IPTU, taxas de condomínio e outras pendências judiciais.

Com o objetivo de conter a crise, os Correios implementaram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões e adotaram diversas medidas de austeridade, incluindo:

- Suspensão de contratações de terceirizados;

- Renegociação de contratos para redução de custos;

- Limitação de renovações de aluguéis.

Apesar dessas ações, a previsão de receita para 2024 foi revisada de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, resultando em um prejuízo estimado de R$ 1,7 bilhão.

Mesmo em meio à crise, os Correios confirmaram a realização de um concurso público com 3.511 vagas. A estatal garantiu que as provas e contratações não serão suspensas e destacou que não houve demissões ou rompimento de contratos.

A estatal enfrenta críticas por atribuir o rombo atual à gestão anterior, que apresentou lucro em três dos quatro anos do governo passado. A crise levanta preocupações sobre a sustentabilidade financeira e a continuidade dos serviços oferecidos pela empresa comandada pelo Governo Lula.

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