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O recadaço de Bolsonaro a João Rodrigues

Por Cláudio Prisco Paraíso
10/06/2024 - 10h40.Atualizada em 10/06/2024 - 10h44
Bolsonaro e João Rodrigues durante passagem do ex-presidente a Chapecó - Foto: Divulgação

Agora está explicado porque João Rodrigues, prefeito de Chapecó, que esteve no ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, não foi a Copacabana e nem marcou presença nas agendas do ex-presidente em Balneário Camboriú, Camboriú e São José.

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Faz uns dois meses que o oestino mergulhou, submergiu, parou de gravar vídeos defendendo o ex-presidente e as pautas caras ao conservadorismo.

A explicação é clara. Bolsonaro comunicou a João Rodrigues que, se ele deseja ser candidato ao Senado em 2026 com o apoio do líder da direita nacional, precisará trocar o PSD pelo PL. Não há hipótese de o PSD estar na chapa com o PL daqui a pouco mais de dois anos.

Jair Bolsonaro quer distância do partido comandado por Gilberto Kassab. Com esse movimento, Bolsonaro já deixa muito claro que o candidato dele a governador atende pelo nome de Jorginho Mello.

Aliás, o ex-presidente já havia dito que João Rodrigues é nome para o Senado. Quando esteve em Chapecó, Bolsonaro, ao ouvir os áulicos do prefeito gritarem o nome de Rodrigues para governador, ele se manifestou, afirmando que era João Rodrigues senador, não governador.

Em relação às eleições municipais deste ano, o PL aguarda uma posição do prefeito.

Se o PSD quiser compor, o nome para vice é o do empresário Leandro Sorgatto, presidente do PL chapecoense. Ele é filho do ex-deputado Gelson Sorgatto.

Se João Rodrigues confirmar o nome de Eron Giordani como vice, não fazendo o que Topázio Neto, prefeito de Florianópolis, está fazendo ao ceder o espaço de vice aos liberais, o PL lançará candidato. Ou melhor candidata. O nome que está nos planos do governador é o da deputada federal Daniela Reinehr.

Como o PT já lançou o nome de Padre Pedro Baldissera ao pleito chapecoense, a divisão da direita, numa eleição de turno único, poderia favorecer os petistas, que são fortes na cidade e na região.

O núcleo duro e o descontentamento exterior

Por Cláudio Prisco Paraíso
09/06/2024 - 14h12.Atualizada em 09/06/2024 - 13h48

Nos últimos dias, Jorginho Mello tem nadado de braçada politicamente falando em Santa Catarina. Ninguém chega nem perto dele. O governador, com uma gestão administrativa que vem se havendo bem, e que, na questão política, vai muito bem, com seus desdobramentos partidários e eleitorais.

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Afinal, em agosto desse ano começa a campanha municipal, uma espécie de prévia do pleito majoritário de 2026. O governador já trouxe o Republicanos para o seu guarda-chuva – MDB e PP estão no governo; e o próximo deve ser o Podemos. Não se sabe se no transcurso ainda de 2024 ou a legenda virá para os braços do PL no ano que vem. 

Muito bem! O PL vai se reforçando no âmbito das articulações pilotadas pelo governador. Mas no seio da legenda, o desconforto é flagrante. Jorginho Mello assumiu o governo e não deixou a presidência estadual da sigla, algo inédito na história de Santa Catarina. 

Círculo fechado

Todas as movimentações, as articulações visando uma boa convivência com a Assembleia não são pilotadas por parlamentares. Nem mesmo pelo líder do governo no Legislativo estadual, mas sim pelo próprio governador ou pelo advogado Filipe Mello, que é o filho caçula do chefe do Executivo. 

01

Nas negociações eleitorais, como a composição de chapas em Florianópolis junto ao prefeito Topázio Neto ou nas conversações com o PP já olhando para 2026, quem atua constantemente é o primogênito de Jorginho, Bruno Mello. 

Multifunções

Filipe ainda atua no eixo administrativo junto à Casa Civil e, também, como advogado. Na questão envolvendo a mudança partidária do deputado federal Jorge Goetten, do PL para o Republicanos, foi ele quem entrou com uma consulta junto à Justiça Eleitoral. 

Sombras

O governador tem em torno de si algumas personalidades que o acompanham há décadas. Podemos dizer que existe um grupo de uma dezena de colaboradores de sua mais estrita confiança. Além deles, o irmão Juca Mello e fiéis seguidores, como a escudeira Nara Godoy, que acompanha Jorginho desde o primeiro mandato dele como deputado estadual. 

Proximidade

Ela tem um desempenho e uma atuação determinante no PL estadual. Tanto que Jorginho foi a Brasília reunir-se com Valdemar Costa Neto, esta semana, na companhia dos dois filhos e de Nara. 

Mão única

Então, tudo isso faz com que as movimentações administrativas, partidárias, eleitorais e políticas de toda ordem passem por um grupo muito restrito e isso tem incomodado deputados estaduais, federais e prefeitos que percebem uma grande concentração de poder. Os correligionários acabam ficando fora do circuito. 

Jornais

A esmagadora maioria das lideranças liberais toma conhecimento das decisões pela imprensa. Por isso, que muitos deles, integrantes das bancadas estadual e federal, têm pressionado o governador para ampliar o leque, abrindo condições deles participarem de alguma maneira dos rumos partidários e administrativos. A conferir!

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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